São Paulo permite 20% das aulas pelo método a distância resolução aprovada pelo Conselho Estadual de Educação de São Paulo e publicada nesta semana permite que escolas públicas e particulares de ensino médio ofereçam até 20% de sua carga horária na modalidade de ensino semipresencial, ou ensino a distância. Qualquer escola, pública ou privada, poderá adotar essa forma de ensino a partir do ano que vem, na apresentação da proposta pedagógica anual ao governo estadual. Segundo a Secretaria de Estado de Educação, a rede pública não irá adotar a medida por considerar que a presença do professor nas aulas é imprescindível. De acordo com o presidente do Conselho, Arthur Fonseca Filho, a possibilidade de ensino a distância já era admitida, mas com a norma o recurso foi disciplinado. Segundo ele, a resolução "é muito mais ampla e trata em um artigo da educação semipresencial", afirma.
Na prática, segundo Arthur Fonseca Filho, as aulas semipresenciais são aquelas que não necessitam da presença do professor. Ele cita um exemplo do que seria a modalidade de ensino: as escolas poderiam desenvolver uma parte do conteúdo em sala e permitir que o restante da matéria fosse ministrado por meio de atividades no portal da escola, em laboratórios escolares ou por acesso à internet a partir da casa do aluno. Não há restrição à escolha de disciplinas para adoção do método.
O presidente da Campanha Nacional pelo Direito à Educação, Daniel Cara, embora não se oponha ao método, critica a determinação. "É um remédio incorreto para a situação e o momento é inoportuno, especialmente porque estamos discutindo os parâmetros da educação no ensino médio. Afastar o jovem do convívio com o professor e os colegas pode ser muito ruim", afirma Cara. Segundo ele, São Paulo é o primeiro Estado no País a autorizar ao ensino a distância. "É possível adotar a tecnologia como uma ferramenta complementar do ensino, mas não se deve ainda discutir isso. Ficamos surpresos e não gostamos da deliberação.
Para o presidente do Conselho, mais importante que debater sobre a maneira como as aulas são ministradas é discutir a qualidade do ensino que é fornecido. "As novas tecnologias podem favorecer o aprendizado, mas depende de como é feito. Existem aulas presenciais que são muito ruins, e isso também não resolve", afirma. A norma que permite o ensino a distância para 20% da carga horária escolar está no artigo quarto da Deliberação Número 77 do Conselho Estadual de Educação.
Fonte: Agência Estado
Assinar:
Postar comentários (Atom)
3 comentários:
Enquanto nos países civilizados a educação é prioridade do governo, existindo a valorização dos profissionais da área da educação, no Brasil ocorre processo bem diverso. Nosso país que a cada dia demonstra um desenvolvimento de fachada para inglês ver, pois ainda mantém milhões de pessoas abaixo da linha de pobreza, onde o governo federal mantém relações de "pai dos pobres" distribuindo o bolsa família, à custa dos suados impostos da parcela produtiva do país, que não recebe de volta os investimentos em saúde, educação e segurança devidos, há processo de simplificação nos serviços educacionais oferecidos para a população. Iniciar o processo de extinção do professorado, como parece ser o desejo a partir do que foi mostrado nesta reportagem, substituindo-os por vídeos e/ou internet constitui uma medida que infelizmente se não for denunciada pode virar realidade em todo o território nacional, pois a última preocupação dos governos federal, estadual e municipal é com a qualidade e formação do aluno tornando-o apto para o mercado de trabalho. Parecem querer manter uma grande quantidade de pessoas fadadas a marginalização do mercado de trabalho, gente dependente do bolsa família que treme ao menor sinal de perda deste auxílio social. Quer argumento melhor para pedir o voto? O apelo à manutenção desses programas sociais, visto a grande necessidade da população, é um poço sem fundo de possibilidades para políticos demagogos, podendo chegar no futuro a categoria de "voto de cabresto": se não votar em meu candidato tens muito a perder.
Esta perspectiva não é nada boa para o futuro de nossa população que deve aprender a votar, pois já diz o ditado: todo povo tem o governante que merece. Daí a necessidade em se mudar a postura dos brasileiros em relação aos seus políticos. Precisamos exigir, fiscalizar, denunciar, boicotar, tornar inelegível os traidores, políticos corruptos, que não tem compromisso com o povo. Não quero "companheiros", quero governantes competentes e honestos.
As nossas "teletravessias" de Roberto Globo Marinho são caminhos abertos para esse esquema de ensino à distância.
Num futuro bem próximo, certamente não será necessário um professor para ligar e desligar o vídeo.
Postar um comentário