quarta-feira, 1 de outubro de 2008

PISO SALARIAL DECEPCIONA OS EDUCADORES

Como denunciamos anteriormente o Piso recebido pelos Trabalhadores em Educação não foi o que a categoria esperava! Para manter o salário rebaixado o governo incluiu no piso a gratificação pelo exercício do magistério contando com a conivência da direção do SINTEPE que aceitou passivamente. Ainda mentiram para a categoria dizendo que os qüinqüênios não haviam acabado. Os dirigentes do sindicato e da CUT preocupados em manter a imagem do governo anunciaram diversas vezes a antecipação do piso como uma grande conquista da categoria. Hoje vemos que o piso vale pouco mais de 02 salários mínimos para uma jornada estafante de 40 horas semanais (200h/a mensais) com turmas superlotadas e infra-estrutura precária. Uma professora com magistério e 30 horas semanais (150h/a mensais), recebe R$ 717,50. O acordo entre Eduardo Campos e o SINTEPE deixa o salário dos professores graduados em R$ 1.016,00 (com os descontos de FUNAFIN, SASSEPE, recebe cerca de R$ 850,00) para 40 horas e R$ 762,00 (com os descontos fica em torno de R$ 580,00) para 30 horas, incluindo a gratificação pelo exercício do magistério. Acabaram os qüinqüênios reduzindo o reajuste e penalizando os mais antigos. Ou seja, continuamos amargando arrocho salarial e sem perspectiva de reajuste em 2009 uma vez que o governo e a direção do SINTEPE alegam estar antecipando um “valor” que só deveria ser pago em 2010! Defendemos um piso salarial digno para a categoria inclusive os administrativos, ao mesmo tempo em que combatemos os setores reacionários que não querem que se pague nem esse piso. O salário justo para mudar de fato a educação no país não pode ser inferior ao salário mínimo do DIEESE (R$ 2.170,00) para 20 horas semanais.

GOVERNO PRECARIZA ESCOLAS E IMPÔE VISÃO EMPRESARIAL

Eduardo Campos apesar de dizer o contrário, aplica o projeto Jarbista de precarização das Escolas e institui um sistema de pressão sobre os Educadores com medidas de controle gerencial e “higienização” das escolas. Para isso, mantém um contrato obscuro com a empresa INDG (talvez a principal interessada nos contratos das recém criadas Fundações). O governo utiliza qualquer pretexto para destituir diretores eleitos e impor interventores, acabando as já limitadas eleições para diretor. Os diretores são proibidos de fazer reuniões com o conjunto dos professores estabelecendo relações ditatoriais que há muito não se via. Os técnicos contratados no último concurso não vêm para dar auxílio pedagógico aos professores e ajudar na construção de uma escola democrática e de qualidade, mas para fiscalizar e pressionar os professores exigindo registros nas cadernetas que em nada melhoram a qualidade do ensino. O governo não garante infra-estrutura e condições para uma formação intelectual emancipadora da nossa juventude, mas se preocupa em maquiar os baixos índices apresentados em avaliações como o IDEB e a prova Brasil. Por outro lado beneficia empresas privadas como a fundação Roberto Marinho com o projeto Travessia (TELESSALAS) e a fundação Airton Sena com o projeto Acelera, projetos que avançam na privatização da educação pública. Ao contrário de fazer a reforma das escolas, contratar professores e valorizar os educadores, o governo busca utilizar o Ministério Público para ameaçar os professores e exigir cadernetas prontas! Recentemente, Eduardo aprovou na Assembléia Legislativa a lei que institui as Fundações de Direito Privado que levará à privatização do ensino iniciando com os Centros Experimentais e o ensino médio, o que ocorrerá também com saúde no Estado. Para isso contou com o voto de todos os partidos e lamentavelmente da Dep. Tereza Leitão e outros deputados do PT e do PC do B que antes eram contra esse projeto e agora se somam à direita, ajudando, assim, Eduardo Campos a privatizar Escolas e hospitais públicos.

ABAIXO OS PROJETOS PRIVATISTAS COMO TELESSALA-UEX (Unidades Executoras) E FUNDAÇÕES DE DIREITO PRIVADO
ELEIÇÃO DIRETA PARA DIRETORES E CONSELHOS ESCOLARES INDEPENDENTES
PISO SALARIAL DO DIEESE (R$ 2.170,00) PARA 20H/A SEMANAIS

CONSTRUIR UMA NOVA DIREÇÃO PARA O SINTEPE!

Para implementar esses ataques contra a educação e demais servidores o governo conta com a colaboração da direção do Sindicato (SINTEPE) e da CUT. Esta direção crítica de forma limitada o secretário de educação e o governo, pela pressão da categoria, mas é responsável direta para conter a luta dos educadores, pois apóiam o governo Eduardo Campos. Todos lembram como tentaram desmontar a nossa última GREVE. Reiteradas vezes, a base teve que derrotar a direção do SINTEPE que pretendia aprovar propostas mais rebaixadas. O mesmo ocorre com a CUT, cuja direção se nega a organizar a resistência dos servidores e demais trabalhadores. Não vamos continuar com uma direção governista em nosso sindicato. As eleições do sindicato estão se aproximando e surge a chapa de OPOSIÇÃO com a participação de companheiros do movimento dos professores (MOPROPE) contratados recentemente depois de muita luta e agora fazem parte da oposição. A chapa de Oposição será um instrumento de luta para enfrentar os ataques do governo e a direção governista do sindicato.

CHAPA 2 – OPOSIÇÃO, RESISTÊNCIA E LUTA!

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