quinta-feira, 11 de dezembro de 2008

EXEMPLO DE LUTA CONTRA A CRISE

Após cinco dias, operários continuam ocupando fábrica norte-americana em defesa de seus direitos

No dia 2 de dezembro, os patrões da Republic Windows and Doors, fábrica de portas e janelas de Chicago, avisaram seu funcionários que a empresa fecharia em três dias. As férias e as indenizações não seriam pagas. Na sexta-feira, 5, dia em que a fábrica deveria encerrar suas atividades, ao acabar o turno de trabalho, os operários resolveram permanecer na empresa.

“Decidimos fazer isto porque o dinheiro é nosso”, disse Maria Roman, funcionária da fábrica há oito anos, ao jornal Socialist Worker. “Estes são os nossos direitos”, completou.

Os trabalhadores suspeitam, ainda, que os patrões querem fechar a planta de Chicago e reabrir a fábrica em outro local. Eles dizem que já faltam materiais, não correspondendo aos registros de estoques. Alguns denunciaram que os gerentes retiraram equipamentos de escritório e máquinas da fábrica.

De acordo com a agência Associated Press, o Bank of America concordou na tarde de terça-feira, 9, em reunião de negociação com os patrões e o sindicato, em emprestar à RWD o dinheiro necessário para pagar os direitos dos trabalhadores. Porém o United Electrical, Radio and Machine Workers of America (UE), sindicato que representa a categoria, diz que nada de concreto foi proposto. As negociações continuam nesta quarta-feira e qualquer proposta deverá ser antes votada pelos operários.

A RWD alega que não tem condições de seguir funcionando, pois o Bank of America cancelou o crédito que até então oferecia para a empresa.

Do primeiro pacote aprovado pelo governo norte-americano para as financeiras e bancos, de US$ 700 bilhões, o Bank of America recebeu US$ 25 bilhões. A instituição utilizou este dinheiro para abonar seus executivos, comprar outros bancos e pagar dividendos.

“Achei que seríamos todos presos”
Nestes dias em que já dura a ocupação, os trabalhadores fizeram manifestações que contam com a solidariedade vinda de diversas categorias. Pelo site do UE, chegam centenas de mensagens. Vídeos são postados no YouTube. No sábado, um ato atraiu outros sindicatos e organizações de imigrantes. Esses representam cerca de 80% da mão-de-obra da RWD.

“Hoje, nós estamos unidos, nós somos a América”, disse Armando Robles, presidente regional do EU. O sindicalista é latino, como a maioria de seus companheiros.

“Isto é uma mensagem para a América”, diz o trabalhador Vicente Rangel. “Se nos mantivermos unidos, vamos conseguir que seja feita justiça e vamos receber o que nos devem”.

A tática de ocupação praticamente não era usada desde a década de 1930 nos EUA, período da Grande Depressão. A ação dos operários de Chicago foi parar nas páginas dos grandes jornais e nas telas das grandes emissoras de TV. Alguns jornalistas chegam a classificar a ocupação como um símbolo de luta contra a crise. Uma surpresa para muitos dos trabalhadores, que, como um admitiu, imaginavam que “seríamos todos presos”.

terça-feira, 9 de dezembro de 2008

UM PROGRAMA PARA A CRISE ECONÔMICA

• O governo Lula semeia ilusões quando afirma que a crise não vai atingir o Brasil. Tanto o governo quanto os principais candidatos dessas eleições mentem quando prometem mundos e fundos sem mexer na política econômica. É um verdadeiro estelionato eleitoral.
A verdade é que, mantendo a atual política, a crise vai pegar em cheio os trabalhadores. Precisamos, desde já, impor um programa para impedir que, mais uma vez, a grande maioria da população arque com os efeitos de uma crise econômica.
É necessário estatizar o sistema financeiro e colocá-lo a serviço da população. Ou seja, impedir a fuga de capitais especulativos e as remessas de lucros ao exterior, que representam um verdadeiro roubo das riquezas produzidas pelos trabalhadores no país.
É preciso uma reforma agrária radical que entregue as terras aos camponeses e exproprie as grandes empresas do agronegócio. Da mesma forma, é preciso parar já de pagar a dívida pública, investindo em saúde, educação etc. O não-pagamento dessa dívida pode financiar um plano de obras públicas que enfrente o déficit habitacional, com a construção de casas populares, e acabe com o desemprego.
Para combater a inflação, é necessário aumentar os salários, congelar os preços e impor um gatilho salarial, ou seja, o aumento automático dos salários de acordo com a inflação.

GREVE NO RIO DE JANEIRO

• No dia 4 de dezembro, professores e funcionários da rede municipal de Mesquita, região metropolitana do Rio de Janeiro, ocuparam a sede da Prefeitura. A ocupação vitoriosa teve como objetivo pressionar o prefeito a retomar as negociações e, com isso, fazer avançar as reivindicações da categoria.

A rede municipal de Mesquita, assim como a educação pública no país, apresenta inúmeros problemas, como terceirizações, baixos salários, salas superlotadas, falta de material, rede física sem manutenção, déficit de funcionários etc. Isso é resultado da política de sucateamento da prefeitura petista. A ameaça do não-pagamento do Fundeb levou a categoria a deliberar pela paralisação de suas atividades e a radicalização do movimento.

A ameaça da prefeitura é a prova de que a crise econômica vai atingir a todos os trabalhadores, inclusive aos servidores públicos. “Com a crise do capitalismo as condições de trabalho da categoria vão piorar, pois os governos já anunciam cortes nos seus orçamentos. Na verdade, os cortes têm como intuito garantir recursos para banqueiros e empresários. Porém esta mobilização é a demonstração que os trabalhadores em educação de Mesquita não aceitarão pagar pela crise”, afirmou Anderson Rocha, professor .

Do excelente blog Alternativa Sintepe

DEZ PERGUNTAS PROVOCANTES
por José Ricardo de Souza*

1. Afinal, qual é a média para a aprovação na rede pública ? (A instrução normativa 04/2008 diz que é 6,0 – seis – mas o Informativo da SEDUC de agosto diz que é 5,0 – cinco)

2. Por falar em Informativo, quanto custa para os cofres públicos a produção e o envio mensal desses folhetos que mais parecem propaganda política de Danilo Cabral e Eduardo Campos ? (papel couche de qualidade, diagramação impecável, tudo bem bonitinho para enganar os mais incautos)

3. Por que a SEDUC não faz concurso exclusivo para docentes de Filosofia e Sociologia ? (O governo do Estado da Paraíba já deu o exemplo e anunciou esse concurso esta semana)

4. Quem é que de fato vai ser o grande beneficiado com os computadores portáteis ? Os professores ou o lobby que o governo está armando para que o professor só possa adquirir o computador diretamente do site da SEDUC ?

5. Por falar em computador, por que em todos os laboratórios de informática da rede estudual só tem computador com LINUX ? (se a maioria dos softwares educativos rodam em Windows ?)
6. Em 2009 vai ter ou não eleição direta para gestor escolar ?

7. Quando o Governo de Pernambuco vai de fato pagar o piso nacional para professor ? (por enquanto só tem enrolação)

8. Por que não matricular os novos alunos também diretamente na escola de preferência deles em vez de ter que fazer pré-matrícula pela Internet ? (sabendo-se que a maioria da população brasileira não tem acesso à internet)

9. Quais serão os critérios para o pagamento do Bônus de Desempenho Educacional (BDE) ? (Aprovação em massa, massificada, massificante, será um deles ? Se for vai ter muito professor trocando 1,2,3 por 6,7,8 no Diário de Classe...)



10. Como é que uma classe de educadores, pessoas formadoras de opinião, com curso superior, enfim supostamente preparadas para o exercício da política, reelegem uma diretoria de sindicato que é atrelada ao poder patronal, que tem sido omissa em relação aos problemas da categoria, que não luta, enfim que não representa os professores e educadores do Estado ?

* O autor é historiador, professor, escritor; membro da Academia de Letras e Artes da Cidade do Paulista

ESCUTEMOS UMA DAS MAIORES VOZES DA ESQUERDA MUNDIAL!

UMA ENTREVISTA COM NOAM CHOMSKY

Como o sr. planeja celebrar seu aniversário?
Como um dia normal.

Há 50 anos, quando o sr. tinha 30, esperava ver um dia um negro na Presidência dos Estados Unidos?
Não. Até há bem pouco tempo nem esperava que os dois candidatos finalistas do Partido Democrata seriam uma mulher e um afro-americano. O fato de isso ter acontecido é um tributo ao ativismo dos anos 60 e suas conseqüências, que tiveram um efeito civilizador no país. A opinião da elite européia não está inteiramente errada quando observa com espanto que ''só nos Estados Unidos um milagre como esse poderia acontecer''.
Pelos padrões ocidentais, a eleição de um afro-americano 150 anos após a abolição da escravidão é realmente um evento histórico, diferentemente de na Europa, que é provavelmente mais racista que aqui. As democracias sul-americanas oferecem conquistas muito mais importantes, na Bolívia e no Brasil, por exemplo. E isso vale para o resto do Sul. Mas o racismo ocidental evita o reconhecimento, mesmo a constatação, de fatos como esses.

O sr. acha que Barack Obama está fadado a decepcionar parte das pessoas que votaram nele — e parte da opinião pública mundial —, dadas as impossivelmente altas expectativas a seu respeito?
Aqueles que escolheram se iludir sem dúvida vão ficar desapontados. Mas não se pode culpar Obama por isso. Afastada sua ''retórica altiva'', que parece ter impressionado tanta gente, ele nunca se apresentou como outra coisa além de um democrata familiar de centro, mais ou menos no molde de Bill Clinton (presidente de 1993 a 2001).
A natureza da eleição é muito bem compreendida pelos chefes dos partidos. Para ilustrar, a cabeleireira de Sarah Palin recebeu o dobro do salário do conselheiro de política externa de John McCain — e ela foi decerto duas vezes mais importante para a campanha.
A indústria de relações públicas, que apregoa abertamente vender os candidatos da mesma maneira que vende mercadorias, deu seu prêmio anual na categoria ''melhor marketing'' à venda da ''marca Obama''. A mídia de todas as tendências o elogia por organizar um ''exército'' que não contribui nada para as políticas do seu futuro governo, só espera instruções de como apoiar sua agenda, seja ela qual for.
Esse modelo é, muito claramente, não-democrático, mas um tipo de ditadura por escolha, uma construção política na qual o público — ''observadores intrusos e ignorantes'' — são ''espectadores da ação'', não ''participantes'', conforme o defendido por teóricos progressistas da democracia (nesse caso, o analista político Walter Lippmann, 1889-1974).



Qual sua opinião sobre as primeiras indicações do gabinete obamista, gente como Hillary Clinton no Estado, Robert Gates permanecendo na Defesa, Timothy Geithner no Tesouro? Era esse tipo de mudança que o sr. esperava?
Eu não esperava muito, mas fiquei surpreso que as escolhas de Obama causassem tamanho desdém em seus eleitores. Suas seleções estão tão inclinadas para a ''não-mudança'' e a ''não-esperança'' que Obama se sentiu obrigado a convocar uma entrevista coletiva, onde ele explicou que o seu governo será baseado na experiência e na visão: seu gabinete entrará com a experiência, ele dará a visão. Isso deve confortar os incréus.



Fonte: Folha de S.Paulo (7.12.2008)

VEJA, que porcaria!

A revista insiste em não ver

Por Gabriel Perissé em 2/12/2008


A revista Veja insiste em não ver os professores com bons olhos. Com freqüência, publica matérias e entrevistas com o propósito de criar e enfatizar imagens negativas do professor, especialmente o do ensino público.

Nas páginas amarelas da edição nº 2088, a ex-secretária de política educacional do MEC dos tempos de FHC, Eunice Durham, afirma que os professores recém-saídos dos cursos de pedagogia não conseguem executar tarefas básicas e, pior, não admitem que "o ensino no Brasil é tão ruim, em parte porque eles próprios não estão preparados para desempenhar a função".

Ora, se eles não estão preparados, mas se são eles os profissionais que vêm reforçar os quadros existentes, o que sugere a professora Eunice? Boa parte desses professores formou-se nas faculdades particulares que surgiram nos últimos 20 anos, insufladas pela política contra a qual, diga-se de passagem, ela mesma se indispôs. Palavras dela, em 2001: "O aumento desenfreado de instituições particulares, guiadas pelo mercado e com fins lucrativos, ameaça a credibilidade do ensino no país" (Veja, nº 1713).

Muitas faculdades de pedagogia que a professora Eunice propõe serem "repensadas do zero" sobreviveram incólumes apesar das avaliações negativas do MEC ao longo das duas décadas. E são exatamente as que atraem estudantes menos escolarizados. Esses estudantes, em geral, não conseguem ingressar nas, em menor número, faculdades públicas, e não podem pagar as mensalidades cobradas por instituições privadas de medicina, engenharia, odontologia, economia, se é que desejariam freqüentá-las... São pessoas que não almejam as "melhores" vagas do mercado de trabalho, mas a função (mal remunerada) da docência. E não esqueçamos o idealismo, um tanto ingênuo, mas genuíno, na composição do perfil desse futuro professor.

Desafios de aprender

Se todos os professores tivessem salários melhores e melhores condições de trabalho, além do idealismo haveria aí um atrativo concreto. Novos candidatos, mais bem preparados, se sentiriam interessados pela carreira docente. Que estranha cegueira levará uma antropóloga com tantos anos de pesquisa e reflexão a pensar que aumentos de salário e outras históricas reivindicações dos sindicatos são apenas obsessões de corporativistas, e não questão de justiça, necessidade real para valorizar a arte de ensinar, e mesmo uma forma de exigir, em contrapartida, mais compromisso dos professores? Estará o curso de antropologia social da USP precisando também ser repensado do zero?

Que contraste (e que alívio!) ler o artigo "Como interpretar o vandalismo nas escolas?", da pedagoga Dagmar Zibas, publicado na Folha de S.Paulo (26/11/2008) e reproduzido pelo site Todos pela Educação. A autora do texto reconhece com serenidade que as reivindicações dos professores fazem parte da solução:

"Entre nós, as soluções para o fracasso do sistema público são conhecidas e se traduzem em antigas reivindicações dos educadores: adequada formação inicial e continuada dos docentes, valorização do magistério, com melhores salários e correspondente responsabilização pelo trabalho realizado, dedicação de tempo integral dos professores a um só estabelecimento, maior permanência diária dos alunos na Escola, recursos didáticos ricos e variados (laboratórios, internet, biblioteca, equipamentos esportivos, dispositivos multimídia)."

E que outro contraste (mas agora decepcionante), ao ler, de novo na Veja (nº 2089), o jovem economista Gustavo Ioschpe, já devidamente formato pela pedagogia vejiana (ver "O professorado e a `baboseira ideológica´"). Pois volta ele a retratar os professores da pior maneira possível: não estão preocupados com o aprendizado dos alunos, dão "aulas chatas", dedicam-se mais à pregação ideológica do que ao ensino, recusam-se a fazer auto-análise...

Não caiamos no erro oposto, generalizando em sentido contrário, como se os professores fossem anjos perfeitos. É sinal de honestidade intelectual admitir que há professores relapsos e irresponsáveis. Mas são a minoria, felizmente.

Nesta matéria – "Violência escolar: quem é a vítima?" –, também afirma Ioschpe que a mídia exagera, que as escolas não estão em situação tão difícil assim com relação à violência, e que "a maior vítima de agressão no nosso sistema escolar é o aluno". Uma agressão "intelectual". O articulista refere-se, logicamente, aos professores. Estes são os grandes agressores, em sua visão.

E tenta justificar o que diz, mencionando um "estudo recente da Unesco chamado `Repensando a escola´". É desse alentado estudo que vai pinçar alguns dados em busca de credibilidade e "apoio científico". Trata-se de um livro de 331 páginas, cujo título completo é "Repensando a escola: um estudo sobre os desafios de aprender, ler e escrever" e cuja coordenação coube a Vera Esther Ireland (da UFPB), orientada metodologicamente por Bernard Charlot. Logo no início, há um esclarecimento importante: o estudo não está vinculado apenas à Unesco. Sendo mais precisos, a publicação é uma parceria da Unesco no Brasil e o Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais (INEP-MEC).

Problema complexo

Vale a pena ler esse estudo. Acabaremos por descobrir passagens que Gustavo Ioschpe preferiu omitir (até porque dispunha de apenas duas páginas), para não atrapalhar sua argumentação. Diz Ioschpe que os professores querem culpar as famílias pelo mau desempenho dos alunos. O estudo, porém, oferece algumas considerações muito pertinentes a respeito:

Nas entrevistas, professores costumam queixar-se de que ou as famílias não cooperam com as atividades escolares de seus filhos, ou não têm condições de ajudá-los apropriadamente. Não é difícil entender que aí está uma fonte profunda de dificuldades: proporções majoritárias das gerações brasileiras anteriores receberam pouca ou nenhuma escolaridade, e de qualidade precária. Nos grupos focais com os progenitores, isto transparece de modo muito evidente. Têm dificuldade de ajudar; com freqüência nem de tempo dispõem, quando voltam, cansados, do trabalho. Tampouco os domicílios oferecem condições de tranqüilidade para tanto: muita gente convivendo, ruídos, TV ligada em alto volume, outras crianças brincando ruidosamente pela casa. E as escolas não têm espaço ou meios para proporcionar algo que possa suprir essa falta de suporte domiciliar e familiar — ou não há escolas de tempo integral, ou as poucas existentes no local se mostram insuficientes ou pouco eficientes." (pág. 220)

Ou seja, o próprio estudo mencionado pelo articulista traz informações que corroboram a complexidade do problema. E a revista Veja, vamos e venhamos, não tem condições de abordar esta complexidade com a necessária competência.


(do site observatorio da imprensa www.observatoriodaimprensa.com.br)

segunda-feira, 8 de dezembro de 2008

AS ARBITRARIEDADES DO GOVERNO!

Parece que as insanidades cometidas pela SEDUC/PE são infindáveis. Semana passada o que se ouviu nas escolas da rede causou indignação e desestímulo aos trabalhadores em educação. A "nova onda" propagada por esta secretaria e divulgada nas escolas através das direções, em tons terroristas é que, o professor precisaria, até o final do ano fazer reposição das faltas mesmo, as decorrentes de atestados médicos, licenças, etc. A confusão foi geral e, as(os) benditas(os) diretoras(es) de escolas apressaram-se pra fazer o calendário de reposição (aulas aos sábados) sem sequer levar a discussão para as escolas. Vejam companheiros a que ponto chegamos, as arbitrariedades praticadas ao longo do ano pela Secretaria de Educação, são um verdadeiro atestado da visão empresarial na educação, um ataque à categoria.
Há empresas que premiam funcionários que não apresentam faltas durante o ano, alguns vão ao trabalho mesmo doentes.
Vetaram-se as reuniões no âmbito das escolas, o horário do recreio agora é utilizado como espaço de informes, os técnicos educacionais fiscalizam livros de ponto (faltas) e cadernetas, em nada contribuem para melhorar as práticas pedagógicas e os péssimos índices educacionais do Estado. Um desrespeito total ao nosso trabalho uma vez que, obrigam-nos a avaliar alunos às carreiras para que estes ( os técnicos), cumpram prazos de entrega de relatórios feitos diariamente e enviados à SEDUC.
Incapacitada de seguir as manobras técnicas da Seduc, e recusando-me a seguir calendários absurdos, virei alvo de advertências. Com apenas duas aulas semanais ou seja, dezesseis (16), em um bimestre, tenho que TRABALHAR conteúdo, AVALIAR, REENSINAR e REAVALIAR. Humanamente impossível, exceto na cabeça de certas antas ( perdôem-me as antas) que desconhecem a realidade de uma sala de aula.
Mas, o que diz o "nosso" sindicato sobre a questão da reposição das faltas?
Em notinha semanal o SINTEPE afirma que está atento para evitar "equívocos" dessa natureza...
Porém, como estamos acostumados a peder direitos e ver a inércia do Sintepe, esperemos a velha combinação do 'nada com coisa alguma'.
Ah! a nova/velha direção do Sintepe toma posse em 12 de dezembro.

Albênia (professora de geografia- GRE METRO SUL)