quarta-feira, 31 de dezembro de 2008

UM FELIZ 2009!

COM MUITA LUTA
MUITOS BEIJOS E ABRAÇOS
COM MUITAS ALEGRIAS
COM MUITAS ASSEMBLÉIAS MASSIVAS
COM O DESMASCARAMENTO DE EDUARDO CAMPOS
COM A CONSTRUÇÃO DE UMA NOVA DIREÇÃO PARA O SINTEPE
COM MUITO AMOR E PAZ
SAÚDE (DO SASSEPE) PRA DAR E VENDER!!!!!!!!!!!!!!!!!!
QUANTO AO "MUITO DINHEIRO NO BOLSO"...

AINDA SOBRE O GENOCÍDIO PROMOVIDO POR ISRAEL

Israel
By José Saramago

Não é do melhor augúrio que o futuro presidente dos Estados Unidos venha repetindo uma e outra vez, sem lhe tremer a voz, que manterá com Israel a “relação especial” que liga os dois países, em particular o apoio incondicional que a Casa Branca tem dispensado à política repressiva (repressiva é dizer pouco) com que os governantes (e porque não também os governados?) israelitas não têm feito outra coisa senão martirizar por todos os modos e meios o povo palestino. Se a Barack Obama não lhe repugna tomar o seu chá com verdugos e criminosos de guerra, bom proveito lhe faça, mas não conte com a aprovação da gente honesta. Outros presidentes colegas seus o fizeram antes sem precisarem de outra justificação que a tal “relação especial” com a qual se deu cobertura a quantas ignomínias foram tramadas pelos dois países contra os direitos nacionais dos palestinos.

Ao longo da campanha eleitoral Barack Obama, fosse por vivência pessoal ou por estratégia política, soube dar de si mesmo a imagem de um pai estremoso. Isso me leva a sugerir-lhe que conte esta noite uma história às suas filhas antes de adormecerem, a história de um barco que transportava quatro toneladas de medicamentos para acudir à terrível situação sanitária da população de Gaza e que esse barco, Dignidade era o seu nome, foi destruído por um ataque de forças navais israelitas sob o pretexto de que não tinha autorização para atracar nas suas costas (julgava eu, afinal ignorante, que as costas de Gaza eram palestinas…) E não se surpreenda se uma das suas filhas, ou as duas em coro, lhe disserem: “Não te canses, papá, já sabemos o que é uma relação especial, chama-se cumplicidade no crime”.

segunda-feira, 29 de dezembro de 2008

SIONISMO RIMA COM NAZISMO

Israel promove pior massacre na Faixa de Gaza em 40 anos

Israel sela o ano de 2008 com mais um brutal ataque aos territórios palestinos. Na manhã desse dia 27 de dezembro, no mais violento ataque à faixa de Gaza nas últimas quatro décadas, aviões israelenses bombardearam a área e deixaram um rastro de destruição com mais de 200 mortos e 700 feridos. À noite, os bombardeios recomeçaram, atingindo uma mesquita e instalando novamente o pânico em Gaza.

Ao final do dia, os palestinos contabilizavam ao menos 227 mortos. A cada hora, os números sáo superados, aproximando-se dos 300. Além de Gaza, os povoados de Jan Younis e Rafah, ao sul da faixa, também foram atingidos. O governo de Israel, como de costume, tentou justificar a ação militar afirmando que os alvos eram instalações do Hamas. Os ataques, porém, foram realizados de forma indiscriminada em área urbana e densamente povoada. Entre as centenas de mortos havia mulheres e crianças.

As imagens de TV mostram cenas dramáticas de hospitais lotados e médicos desesperados, sem a mínima estrutura para atender as inúmeras vítimas da carnificina perpetrada por Israel. Corpos, alguns completamente destroçados, eram alinhados na rua, próximos aos escombros de prédios destruídos pelas bombas. “Há feridos e mártires em todas as casa e ruas. Gaza hoje foi pintada de sangue”, disse o líder do Hamas, Ismail Haniyeh.

O massacre ocorre poucos dias após o Hamas ter se recusado a renovar o cessar-fogo que vigorava há seis meses. A razão: Israel, ao contrário do prometido, manteve nesse tempo o bloqueio e os ataques ao território. O isolamento da área vem provocando uma verdadeira crise humanitária, ampliando o desemprego e a miséria entre a população palestina. Foi o castigo de Israel pelo fato de os palestinos terem dado a vitória ao Hamas nas eleições em 2006.

A direção do Hamas, por sua vez, afirmou que irá resistir “até o último sangue” às ofensivas. O partido conclamou os palestinos a impulsionarem uma terceira Intifada contra a dominação israelense.

Genocídio
Não satisfeito com o ataque covarde, o ministro da Defesa de Israel, Ehud Barak, afirmou que a ofensiva do Exército na faixa de Gaza “não será fácil e não será breve”. As forças armadas cogitam até mesmo um ataque por terra. “Há o tempo para o cessar-fogo, há o tempo para lutar; agora é o tempo de lutar”, afirmou cinicamente Barak, que denomina “lutar” o ato de despejar centenas de bombas sobre a população de Gaza.

A declaração do ministro israelense revela que os ataques ao povo palestino continuarão por mais tempo. É a política oficial do genocídio. “Pode levar tempo e cada um de nós deve ser paciente para que completemos a missão”, afirmou o atual primeiro-ministro Ehud Olmert. E qual missão seria essa? O fim do lançamento de mísseis palestinos ao sul de Israel, como garantem as autoridades? O discurso da ministra de relações exteriores, Tzipi Livni, dá uma pista. “Israel deve derrubar o Hamas e um governo sob minha direção o fará”, afirmou.

Livni é candidata ao cargo de primeira-ministra nas eleições que ocorrem dia 10 de fevereiro. Assim como Ehud Barak. O verdadeiro objetivo de Israel é, portanto, destruir o Hamas e submeter os palestinos a um controle ainda mais duro. O atual governo corre para atingir essa meta e angariar os dividendos políticos para as eleições. Com isso, tentam ainda reverter os escândalos de corrupção que marcam a gestão de Olmert.

O massacre revela, sobretudo, o caráter fascista do Estado de Israel, apoiado pelo imperialismo norte-americano. Israel, esse sim, utiliza o terror e os ataques em massa à população civil para manter e garantir a ocupação da Palestina.

quinta-feira, 25 de dezembro de 2008

A GRANDE OBRA É CUIDAR DAS EMPREITEIRAS E DA FINATEC!

GOVERNO DO PT:A GRANDE OBRA É CUIDAR DE ALGUMAS PESSOAS (PREFERENCIALMENTE PETISTAS E EMPREITEIROS)
Improbidade administrativa
MPPE entra com ação contra secretária de Educação do Recife


Do JC OnLine

Promotores do Ministério Público de Pernambuco (MPPE) entraram, na tarde dessa terça-feira (16), com 15 ações contra irregularidades nas licitações para reforma de escolas municipais. Entre os principais problemas encontrados estão o pagamento por obras inacabadas e fracionamento ilegal de despesas. O MPPE considerou responsável pelas fraudes a secretária de Educação do Recife, Maria Luiza Martins Aléssio, além de outras quatro pessoas (2 gestores e 2 engenheiros) e mais 14 construtoras. O prejuízo ao município do Recife chega a mais de R$ 2 milhões.

De acordo com o MPPE, as irregularidades foram comprovadas em 239 notas de empenho emitidas com dispensa de licitação para reforma de 195 escolas, no valor total de R$ 2.010.921,14. As despesas foram feitas de forma fracionada, fazendo com que o valor de cada serviço ficasse abaixo do exigido para realização da licitação. Outro problema levantado foi o pagamento de R$ 134 mil por serviços não realizados em 12 escolas e outros R$ 82 mil por serviços inacabados em sete escolas.

Ingressadas pelos promotores Charles Hamilton de Lima, Lucila Varejão (Patrimônio Público), Eleonora Marise Rodrigues e Katarina Gusmão (Educação), as ações são resultado de uma investigação iniciada pelo MPPE a partir de representação do Sindicato dos Professores da Rede Municipal do Recife (Simpere) para avaliar a estrutura física e a qualidade da merenda oferecidas nas escolas e creches.

Além de Maria Luiza Martins Aléssio, foram acusados a assessora-executiva, Edna Maria Garcia da Rocha Pessoa; a ex-diretora Administrativa e Financeira, Marília Lucinda Santana de Siqueira Bezerra, o ex-gerente de Engenharia e Obras da Secretaria de Educação, Gustavo Luiz Leite, e o gerente de Serviços e Obras, Alexandre El Deir.

Os responsáveis podem ser condenados à perda da função pública, suspensão dos direitos políticos, pagamento de multa civil equivalente a cem vezes o valor da remuneração percebida. Já as empresas podem ser condenadas a pagar multa civil, proibição de contratar com o poder público ou de receber incentivos fiscais.
Postado por Grupo de oposição à direção do SINTEPE às 12:07 0 comentários

MAIS UMA DO BOM VELHINHO!

Los Angeles
Papai Noel que matou três nos EUA comete suicídio
Publicado em 25.12.2008, às 17h07

O homem vestido de Papai Noel que abriu fogo em uma casa do subúrbio de Los Angeles durante uma festa de Natal e matou pelo menos três pessoas cometeu suicídio. Segundo a polícia, o criminoso era Bruce Jeffrey Pardo, 45 anos, ex-marido de uma das pessoas que estavam na festa, e seu corpo foi encontrado horas depois do atentado. Ele se matou na casa do irmão em Sylmar, Los Angeles, e teria cometido o crime por estar inconformado com o fim de seu casamento.

"Ele estava com alguns problemas matrimoniais e acreditamos que essa era a casa de algum parente", afirmou o tenente Pat Buchanan. Ele acrescentou que o atirador chegou à festa ontem e começou a disparar com uma pistola. A casa em seguida pegou fogo e, segundo a polícia, além de pelo menos três pessoas serem mortas, outras três ficaram feridas. Testemunhas disseram à polícia que o atirador tirou a fantasia de Papai Noel e deixou o local trajando roupas normais.

Inicialmente, a polícia disse que havia encontrado três pessoas mortas pelo tiroteio e pelo incêndio. No entanto, Ed Winter, do departamento de investigação de homicídios de Los Angeles, disse que os investigadores procuraram em meio às cinzas e descobriram mais corpos, sem especificar quantos. Os corpos estavam muito queimados para determinar imediatamente se a morte foi ocasionada por tiros ou pelo incêndio, segundo Winter. "Temos muitos corpos lá dentro. Eles estão extremamente queimados". Ele acrescentou que as buscas na residência durariam até o final do dia.

FESTA - Uma das vizinhas, Jan Gregory, disse que cerca de 25 pessoas estavam na festa quando os tiros foram ouvidos e as pessoas começaram a correr pela casa. Ela disse que viu um adolescente fugir do local gritando "eles atiraram na minha família".

Uma mulher de 20 anos e uma menina de 8 anos tinham sido baleadas, mas não corriam risco de morte, e uma terceira pessoa estava com o tornozelo quebrado. A polícia recebeu diversos chamados com relatos sobre disparos às 23h30 (hora local) de quarta-feira e policiais ainda ouviam o barulho dos tiros depois de chegarem ao local e encontrarem a casa em chamas, acrescentou Buchanan.

No início, os bombeiros foram impedidos de apagar o incêndio pela polícia por conta dos disparos, apesar de possivelmente o barulho ter sido originado por munição queimando em decorrência do incêndio, disse o capitão dos bombeiros, Mike Brown. O fogo foi apagado por volta de 1h30 (hora local) de hoje.

terça-feira, 23 de dezembro de 2008

É NATAL!

Natal

Natal. Na província neva.
Nos lares aconchegados
Um sentimento conserva
Os sentimentos passados.

Coração oposto ao mundo,
Como a família é verdade!
Meu pensamento é profundo,
Por isso tenho saudade.

E como é branca de graça
A paisagem que não sei,
Vista de trás da vidraça
Do lar que nunca terei!

Fernando Pessoa

segunda-feira, 22 de dezembro de 2008

FAZER OPOSIÇÃO É CULTURA!

Cinema
Parque exibe bons filmes a R$ 1
Do Jornal do Commercio

Esta semana o Cinema do Parque apresenta uma programação diferenciada para segunda e terça-feira, com três obras em exibição. As sessões de dois filmes nacionais, além de um longa-metragem russo, custam o tradicional R$ 1.
Quem abre a programação é o mais recente lançamento de Bruno Barreto, Última parada 174. O filme acompanha a vida de Sandro Nascimento, interpretado por Michel Gomes, que quando criança sobreviveu à chacina da Candelária e foi morto ao participar do seqüestro do ônibus 174, no Rio de Janeiro, em 2000. O trágico seqüestro foi transmitido ao vivo pela televisão e foi tema de documentário feito por José Padilha em 2002, diretor do popular Tropa de elite. O longa é exibido apenas nesta segunda às 14h.
O outro longa-metragem brasileiro que entra em cartaz no Cinema do Parque é o premiado Deserto Feliz, de Paulo Caldas. Após a passagem por cerca de 50 festivais nacionais (como o Festival de Gramado, onde levou 6 prêmios) e internacionais, o filme, que conta com a participação de Zezé Mota, finalmente pode ser conferido a preços populares.
O roteiro mostra a história da sertaneja Jéssica, vivida pela atriz Nash Laila. A garota sai do lugarejo em que vive, onde era abusada sexualmente pelo padrasto e passa a se prostituir. Tempos depois, no Recife, mora no Holiday com mais duas outras amigas também prostitutas, vividas por Hermila Guedes e Elane Nascimento. Ela acaba conhecendo o alemão Mark (Peter Ketnath) por quem se apaixona e vive um romance. O filme, que está em cartaz de sexta a domingo no Cine Rosa e Silva às 16h30, passa nesta segunda e terça no Cinema do Parque às 16h e 18h.
As sessões que fecham a noite desta segunda e de terça são do drama europeu Moloch. Esta é uma das últimas chances de conferir a obra, que esteve em cartaz no Cinema Apolo nas duas semanas anteriores. O diretor Aleksander Sukorov, russo, fez uma trilogia sobre líderes da segunda guerra mundial. Moloch é o primeiro da série e retrata a vida íntima de Adolf Hitler em visita à sua amante Eva Braun, nos Alpes da Bavária. As sessões começam às 20h.
RECESSO - Enquanto o Cinema do Parque exibe três filmes, o Cinema Apolo não tem sessão alguma. Nas próximas duas semanas, o Apolo passará por um pequeno recesso e volta com a programação normal no dia 5 de janeiro de 2009.

domingo, 21 de dezembro de 2008

QUANDO ACONTECERÁ ISSO NO BRASIL???

(Do site elpais.es)
Bolivia vence al analfabetismo
El país se convierte en el tercer país latinoamericano, tras Venezuela y Cuba, en lograr que toda su población sepa leer y escribir
AGENCIAS - Cochabamba - 21/12/2008


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Bolivia se ha convertido, tras las experiencias de Cuba y Venezuela, en el tercer país de América Latina en alcanzar uno de los Objetivos del Milenio propuestos por las Naciones Unidas: la erradicación del analfabetismo. Así lo ha expresado este sábado el presidente del país, Evo Morales, que durante un acto en Cochabamba ha expresado su satisfaccción por el buen resultado que han arrojado los programas puestos en marcha por su Gobierno.


Evo Morales Ayma

A FONDO
Nacimiento: 26-10-1959 Lugar: (Orinoca)
Bolivia
A FONDO
Capital: Sucre. Gobierno: República. Población: 9,247,816 (est. 2008)

La noticia en otros webs
webs en español
en otros idiomas
Estos programas, de los que Morales ha hecho un asunto de Estado, han servido para alfabetizar a 819.417 personas, el 99,5% del total de analfabetos que tenía el país, y aumentar con ello el índice de alfabetización de Bolivia a algo más del 96% de su población.

En 2001, un estudio del Gobierno demostró que el 14% de los bolivianos eran analfabetos y que casi el 26% de la población de las zonas rurales no sabían leer ni escribir.

"Ha sido el esfuerzo humano, ese esfuerzo de todos los días de tres años de trabajo para de luchar con los participantes del programa a erradicar el analfabetismo de Bolivia. Este es un programa que ha llegado a todas las comunidades del país; han sido alrededor de 60.000 personas que han colaborado con nosotros para llevar adelante este esfuerzo", ha señalado Morales, destacando también la ayuda, financiera y humana, aportada por Venezuela y Cuba.

Según la Organización Educacional, Científica y Cultural de la ONU (UNESCO), un país puede ser declarado "libre de analfabetismo" cuando más del 96% de sus adultos han sido enseñados a leer y escribir. El delegado de la UNESCO, Eduard Matoko, ha afirmado durante este acto en Cochamba que "el proyecto boliviano es un ejemplo que seguramente inspire a otros países a implantar programas similares".

Tal como ha expresado Morales, ahora el reto pasa por ayudar, junto con sus homólogos Chávez y Castro, a que ésta sea también una realidad en Nicaragua y Paraguay.

quinta-feira, 18 de dezembro de 2008

A VERDADEIRA CARA DO PT E PC do B

Petróleo: ato contra leilão acaba em pancadaria no Rio

Repressão deixa 50 feridos e três presos

Samuel Tosta

Polícia persegue manifestantes para espancar

• As manifestações contra a 10ª Rodada de Licitações de Blocos para a Exploração e Produção de Petróleo e Gás Natural, nesta quinta-feira, acabaram com uma brutal violência da Polícia Militar e da Guarda Civil no Rio de Janeiro. O saldo foram cerca de 50 feridos e três presos. O protesto era pacífico.

Eduardo Henrique Soares da Costa, diretor do Sindipetro-RJ e militante do PSTU, foi internado às pressas, gravemente ferido com um corte na cabeça. Um militante do MST teve o braço quebrado. Emanuel Cancella, coordenador-geral do Sindipetro-RJ, Gualberto Tinoco “Pitéu”, professor, diretor do Sepe-RJ e militante do PSTU, e Thaigo Lúcio Costa, estudante de jornalismo, estão detidos.

Cancella, que também é advogado, teve um braço e uma costela fraturados. “O Capitão Moreira me deu ordem de prisão, mesmo eu dizendo que era advogado. Ele bateu muito em mim. Algemou o Pitéu e o estudante, e os policiais feriram gravemente nosso companheiro Eduardo Henrique”, conta.

Quanto aos demais feridos, a Agência Petroleira de Notícias informou que as entidades que compõem o Fórum Nacional contra a Privatização do Petróleo e Gás estão fazendo o levantamento do número de feridos. Muitos ainda não foram localizados.

Selvageria
Os manifestantes, que desocuparam o prédio do Edifício Sede da Petrobras na noite de quarta-feira, concentraram-se na Candelária, que fica próxima à Agência Nacional do Petróleo (ANP), responsável pelos leilões. Por volta do meio-dia, saíram em caminhada pela avenida Rio Branco em direção à Cinelândia.

No caminho, pararam em frente ao prédio da ANP para um protesto pacífico. Eles jogaram tinta solúvel vermelha contra a fachada do edifício. Foi então que se surpreenderam com a pancadaria promovida pela polícia, que se seguiu ao longo da caminhada.

Segundo a Agência Petroleira de Notícias, a ordem para a repressão partiu da própria ANP. “Desde a ordem de despejo, vinda da presidência da Petrobrás, ontem à noite, os manifestantes sentiram a animosidade das forças de repressão, mas não esperavam ação tão agressiva contra uma simples manifestação de protesto”, diz nota publicada pela Agência.

Aderson Bussinger, advogado e representante da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), acompanha o caso e está na delegacia neste momento. Ele informou que as tipificações das prisões foram desacato à autoridade e dano ao patrimônio público. Este último, beira o ridículo. O que os policiais estão chamando de dano ao patrimônio foi o fato de a tinta ter atingido as fardas.

“Com certeza nós, no mínimo, entraremos com uma representação no Ministério Público por abuso de autoridade, contra os policiais, o comando e a Secretaria de Segurança aqui do Rio”, afirmou Bussinger. “Por enquanto, estamos tentando salvar nossos feridos”, disse.

Agora há pouco, foi informado que os detidos poderão ser soltos mediante pagamento de fiança no absurdo valor de R$8.500 cada um. Também acompanham o caso o advogado criminalista do Sepe-RJ, Jorge Bulcão, e um representante do deputado estadual Marcelo Freixo (PSOL).

O petróleo é dos trabalhadores
A jornada de protestos contra a entrega da exploração do petróleo para empresas privadas e estrangeiras teve início na segunda-feira, 15, e fazem parte da campanha “O petróleo tem que ser nosso”. Os leilões estavam marcados para os dias 18 e 19 de dezembro.

É um escândalo que o governo Lula continue vendendo as riquezas naturais do país e, ainda, permita este tipo de selvageria contra trabalhadores e estudantes. A situação fica ainda mais vergonhosa quando o diretor-geral da ANP é o suposto comunista Haroldo Lima, do PCdoB.

Os leilões desta quinta e sexta-feira deixarão a exploração do petróleo brasileiro em cerca de 130 blocos nas mãos de empresas privadas. Isso representa cerca de 70 mil quilômetros quadrados em área. Nos últimos anos, o governo federal já entregou aproximadamente 500 blocos para um grupo de 72 empresas.

Além dos petroleiros, a campanha “O petróleo tem que ser nosso” tem o apoio ativo de centenas de entidades e organizações dos movimentos sindical, estudantil e popular. A campanha defende a soberania nacional e exige fim dos leilões e da privatização e o controle estatal e social das reservas de petróleo e gás do Brasil. Junto com os protestos, os sindicatos estão entrando com ações na Justiça para cancelar a 10ª Rodada. Um abaixo-assinado também está circulando entre a população.

Os recursos vindos da exploração de gás e petróleo, bem como de todas as riquezas naturais do país não podem servir para engordar os lucros de uns poucos empresários. Esse recurso é dos trabalhadores e da juventude e tem de ser usado para investimentos em saúde, educação e demais áreas sociais.

Além disso, é necessária e urgente a imediata apuração dos fatos ocorridos hoje no Rio e a punição exemplar aos responsáveis pela agressão aos manifestantes. Segundo os organizadores da campanha, ela vai continuar.

FOLHA DE PE MENTE NOVAMENTE PARA FAVORECER EDUARDO!

Como já comentamos em outro post o jornal Folha de pernambuco, que depende diretamente do financiamento estatal para sobreviver, costuma produzir uma série de matérias elogiosas so governo, e costuma colocá-las como manchete, mesmo quando elas são claramente mentirosas.
É o que a conteceu hoje. A manchete do matutino governista é "SERVIDOR TEM SALÁRIO ANTES DAS FESTAS- Governo do estado antecipa o pagamento, que começa hoje e vai até o dia 24" lendo a matéria na páguia 2 do caderno de economia a Folha de PE afirma que" a secretaria de administração divulgou,ontem, o calendário do pagamento antecipado dos proventos"
Só que ao acessarmos o site www.portaldoservidor.pe.gov.br comprovamos que a mentira tem pernas curtas,pois desde JULHO deste ano o governo divulgou a tabela de pagamento de dezembro,colocada como "novidade" pelo jornal de eduardo Monteiro.
Imprensa livre?democracia?
Esperar isso do grupo EQM que escraviza funcionários em suas fazendas e atrasa salários de jornalistas?

quarta-feira, 17 de dezembro de 2008

SUPREMO NÃO GARANTE O PISO COMO VENCIMENTO BASE !

Os juízes do STF (Supremo Tribunal Federal) decidiram manter o valor do Piso Salarial Profissional Nacional (PSPN) em R$ 950 para uma jornada de 40 horas, que entra em vigor em primeiro de janeiro de 2009, conforme prevê a Lei Federal 11.738. O Ministro Joaquim Barbosa, relator do processo, votou pelo indeferimento da Ação Direta de Inconstitucionalidade (Adin), seguido pelo Ministro Carlos Ayres Brito.

Os demais ministros acataram parcialmente o pedido de liminar por meio do qual cinco estados pretendiam suspender a entrada em vigor do piso. Governadores de Mato Grosso do Sul, do Paraná, de Santa Catarina, do Rio Grande do Sul e do Ceará ajuizaram a Adin contra dispositivos da lei que cria o PSPN.

Os argumentos apresentados pelos governadores contra a classificação do piso como vencimento básico e o aumento do tempo de planejamento de aulas foram deferidos. Prevaleceu o entendimento de que são temas sujeitos a especificidades em cada estado e exige uma discussão de mérito mais aprofundada. Ao contrário do que estabelece a lei, que prevê a implementação do Piso até 2010, os estados e municípios terão até o julgamento final da Ação, sem data marcada, para compor o pagamento do piso com gratificações e não terão de cumprir a destinação de 1/3 da jornada para atividades extraclasse.

Para o presidente da CNTE (Confederação Nacional dos Trabalhadores em Educação), Roberto Leão, ao adiar a decisão pela constitucionalidade da lei tal como foi sancionada “o Supremo desconsiderou a vontade soberana do povo brasileiro expressa por unanimidade pelo Congresso Nacional”. Leão acrescentou que “mais uma vez a categoria vai se mobilizar e buscar nas ruas essa conquista”.
(Do site da CNTE)

GOVERNO DO PT:A GRANDE OBRA É CUIDAR DE ALGUMAS PESSOAS (PREFERENCIALMENTE PETISTAS E EMPREITEIROS)

Improbidade administrativa
MPPE entra com ação contra secretária de Educação do Recife


Do JC OnLine

Promotores do Ministério Público de Pernambuco (MPPE) entraram, na tarde dessa terça-feira (16), com 15 ações contra irregularidades nas licitações para reforma de escolas municipais. Entre os principais problemas encontrados estão o pagamento por obras inacabadas e fracionamento ilegal de despesas. O MPPE considerou responsável pelas fraudes a secretária de Educação do Recife, Maria Luiza Martins Aléssio, além de outras quatro pessoas (2 gestores e 2 engenheiros) e mais 14 construtoras. O prejuízo ao município do Recife chega a mais de R$ 2 milhões.

De acordo com o MPPE, as irregularidades foram comprovadas em 239 notas de empenho emitidas com dispensa de licitação para reforma de 195 escolas, no valor total de R$ 2.010.921,14. As despesas foram feitas de forma fracionada, fazendo com que o valor de cada serviço ficasse abaixo do exigido para realização da licitação. Outro problema levantado foi o pagamento de R$ 134 mil por serviços não realizados em 12 escolas e outros R$ 82 mil por serviços inacabados em sete escolas.

Ingressadas pelos promotores Charles Hamilton de Lima, Lucila Varejão (Patrimônio Público), Eleonora Marise Rodrigues e Katarina Gusmão (Educação), as ações são resultado de uma investigação iniciada pelo MPPE a partir de representação do Sindicato dos Professores da Rede Municipal do Recife (Simpere) para avaliar a estrutura física e a qualidade da merenda oferecidas nas escolas e creches.

Além de Maria Luiza Martins Aléssio, foram acusados a assessora-executiva, Edna Maria Garcia da Rocha Pessoa; a ex-diretora Administrativa e Financeira, Marília Lucinda Santana de Siqueira Bezerra, o ex-gerente de Engenharia e Obras da Secretaria de Educação, Gustavo Luiz Leite, e o gerente de Serviços e Obras, Alexandre El Deir.

Os responsáveis podem ser condenados à perda da função pública, suspensão dos direitos políticos, pagamento de multa civil equivalente a cem vezes o valor da remuneração percebida. Já as empresas podem ser condenadas a pagar multa civil, proibição de contratar com o poder público ou de receber incentivos fiscais.

UM ATO E UMA PERGUNTA

Ontem ocorreu o ato pela não revogação do piso. Foi um ato bem esvaziado, e não podia deixar de sê-lo, pois estamos as portas das férias e a catagoria está cansada de tanta enrolação desta direção.
Mas a oposição estava lá com vários componentes e deu o recado no microfone através de Mariano.
Mas fica uma pergunta:
Por que marcar o ato para a câmara de vereadores? medo de enfrentar os deputados estaduais? medo de colocar-se contra Eduardo? Ou as duas coisas juntas?
Em tempo: Nenhum parlamentar foi dar apoio ao ato.

BIRITA,COMIDA E POLÍTICA

Assim vai ser a confraternização dos que fazem a oposição à direção governista do SINTEPE.
Muita conversa, birita,cerveja sem álcool, guaraná, algumas asinhas e etc.
Você já está convidado!
O lugar e horário? breve postaremos aqui!

AS SAPATADAS EM BUSH

O riso é imediato. Ver o presidente dos Estados Unidos a encolher-se atrás do microfone enquanto um sapato voa sobre a sua cabeça é um excelente exercício para os músculos da cara que comandam a gargalhada. Este homem, famoso pela sua abissal ignorância e pelos seus contínuos dislates linguísticos, fez-nos rir muitas vezes durante os últimos oito anos. Este homem, também famoso por outras razões menos atractivas, paranoico contumaz, deu-nos mil motivos para que o detestássemos, a ele e aos seus acólitos, cúmplices na falsidade e na intriga, mentes pervertidas que fizeram da política internacional uma farsa trágica e da simples dignidade o melhor alvo da irrisão absoluta. Em verdade, o mundo, apesar do desolador espectáculo que nos oferece todos os dias, não merecia um Bush. Tivemo-lo, sofrêmo-lo, a um ponto tal que a vitória de Barack Obama terá sido considerada por muita gente como uma espécie de justiça divina. Tardia como em geral a justiça o é, mas definitiva. Afinal, não era assim, faltava-nos o golpe final, faltavam-nos ainda aqueles sapatos que um jornalista da televisão iraquiana lançou à mentirosa e descarada fachada que tinha na sua frente e que podem ser entendidos de duas formas: ou que esses sapatos deveriam ter uns pés dentro e o alvo do golpe ser aquela parte arredondada do corpo onde as costas mudam de nome, ou então que Mutazem al Kaidi (fique o seu nome para a posteridade) terá encontrado a maneira mais contundente e eficaz de expressar o seu desprezo. Pelo ridículo. Um par de pontapés também não estaria mal, mas o ridículo é para sempre. Voto no ridículo.

Publicado em O Caderno de Saramago

terça-feira, 16 de dezembro de 2008

A CTB-PC DO B (QUE PARTICIPA DA DIREÇÃO DO SINTEPE) TRAI OS TRABALHADORES

CTB abre mão de direitos e salários no Sul Fluminense

Diante das ameaças de demissões da CSN, o Sindicato dos Metalúrgicos, dirigido pelo PCdoB, fala em “colaboração” e aceita licenças e até banco de horas. Há algumas semanas, sindicato havia feito acordo vergonhoso com a Peugeot, aceitando a redução de 25% dos salários

Elton Corrêa
de Volta Redonda (RJ)


Segundo informações da imprensa local, a Companhia Siderúrgica Nacional (CSN), maior siderúrgica da América Latina e uma das cinco maiores do mundo, pretende demitir 3 mil operários de seu efetivo próprio (1.200 em dezembro e 1.800 em janeiro de 2009). Com esse corte, a empresa levaria também a redução de 60% a 80% do volume de serviços das empreiteiras contratadas, provocando até outras cinco mil demissões. Ao todo, oito mil trabalhadores perderiam o emprego.

A CSN chantageou o sindicato dos metalúrgicos, dirigido majoritariamente pelo PCdoB, a aprovar na base dos trabalhadores, num prazo de 24 horas, quatro medidas emergenciais para reduzir os gastos com pessoal: a primeira medida seria o retorno ao turno de revezamento de 8 horas (um número significativo de trabalhadores conquistou recentemente na Justiça a jornada de 6 horas de trabalho); o banco de horas extras; redução de benefícios; e, licença remunerada com redução da base salarial.

Sindicato faz o jogo dos patrões
O sindicato dos metalúrgicos, de maneira vergonhosa, sem esboçar qualquer tipo de reação ou fazer apelo a base para repudiar essa afronta, aceitou passivamente parte das imposições da CSN. No final da tarde da quinta-feira, dia 11 de dezembro, em uma assembléia totalmente esvaziada no portão da siderúrgica, com a presença de menos de 200 trabalhadores, os diretores sindicais prestavam um triste desserviço para a história da classe operária brasileira, particularmente do Sul Fluminense. Tentaram convencer os metalúrgicos da necessidade de “colaborar” e evitar “radicalismo” nesse período de crise.

Como não poderia deixar de ser, após uma breve encenação, o sindicato criticou teatralmente a “ganância” de Benjamim Steinbruch (presidente da CSN e membro do Conselho Econômico e Social do governo Lula), passando a se contradizer e a defender a seguinte proposta apresentada por escrito aos trabalhadores:

“Que a CSN facilite a demissão daqueles que quiserem se desligar da empresa; que a CSN agilize o processo de aposentadoria dos empregados com tempo para se aposentarem; que a CSN conceda licença remunerada aos empregados; FÉRIAS COLETIVAS; férias concentradas; plano de demissão incentivada (PDI); PLANO DE DEMISSÃO VOLUNTÁRIA (PDV); BANCO DE HORAS; minimizar dividendos e estabilidade durante o período de medidas emergenciais, só havendo demissão por justa causa ou para aqueles que desejarem se desligar da empresa.”(Diário do Vale, 12/12/2008).

Com a assembléia esvaziada, sem a presença da vanguarda lutadora, somado a capitulação aberta do sindicato aos interesses da empresa, além do número significativo de gerentes ligados ao setor de Recurso Humanos, os trabalhadores foram forçados a aprovar a proposta unificada do sindicato e da CSN.

Metalúrgicos da Peugeot tem 25% de seu salário reduzido
A ofensiva da CSN e das empreiteiras tinha um fundamento. Elas também querem o que o sindicato negociou com a Peugeot, para sua fábrica na cidade de Porto Real, no Sul Fluminense. Há algumas semanas, o sindicato aceitou um acordo que reduziu em 25% o salário de 700 trabalhadores do 3º turno, colocados em férias coletivas por 4 meses pela montadora. Além disso, os 3,5 mil trabalhadores estão em férias coletivas, do dia 8 deste mês até 7 de janeiro.

O sindicato consegue a proeza de errar duas vezes ao mesmo tempo. Primeiro, criando a ilusão nos trabalhadores de que essa crise é passageira e logo todos voltarão a seus postos de serviço. É o mesmo discurso de patrões, como o presidente da Vale, Roger Agnelli, que defende “medidas de exceção”, como flexibilização de direitos. Segundo, porque o sindicato impede qualquer tipo de mobilização e ação direta dos trabalhadores para defender seu empregos, direitos e salários.

Oposição mobiliza nos portões das fábricas
Durante novembro e dezembro, a Oposição Metalúrgica, ligada à Conlutas, percorreu as maiores siderúrgicas e montadoras da região, como Volkswagen, Votorantim e Saint Gobain, distribuindo milhares de panfletos aos trabalhadores sobre os efeitos da crise econômica e a necessidade de lutarmos.

Diante dos ataques da CSN e das empreiteiras, e frente a traição do sindicato de “rifar” direitos e conquistas históricas dos operários, a oposição está fazendo um chamado a base para que exija de sua entidade o rompimento dessa política de conciliação de classes, ao mesmo tempo que defende a formação de um comitê democrático que reúna sindicatos, associação de moradores, comissão de cipeiros, partidos operários para defender a estabilidade no emprego e combater qualquer tipo de retirada de direitos e redução salarial. Para colocar em prática um plano de luta unificado, a oposição propõe um grande encontro dos movimentos sociais da região no início de 2009.

CRISE!!!!!!!!!!!

Presidente da Vale propõe reduzir direitos

Em uma surpreendente entrevista ao jornal O Estado de S. Paulo, o presidente da Vale, Roger Agnelli, defendeu a “flexibilização temporária” de direitos trabalhistas e revelou que conversa sobre o assunto com o presidente Lula.

A Vale foi mais uma das empresas atingidas pela crise econômica mundial. A diminuição das exportações de minério de ferro para a China – maior consumidor do mundo – fez com que a empresa anunciasse recentemente uma redução de sua produção em 30 milhões de toneladas de minério, o equivalente a 10% do total produzido. Junto a isso, a empresa anunciou que pretende demitir 1.300 funcionários e deu férias coletivas para 5,5 mil trabalhadores.

Mas, na entrevista do dia 14, o presidente da Vale deixou claro que as férias coletivas não bastam. É preciso demitir para assegurar os lucros dos acionistas. “A gente coloca uma outra turma em férias coletivas. Depois outra. A gente pode levar isso por um certo tempo, mas tem limite. O que faremos quando todo mundo já tiver tirado férias? (...) Se houver problemas para os quais a gente não tenha solução, vamos ter de demitir. Olha, estamos vivendo uma situação de exceção. Para lidar com ela, precisamos tomar medidas de exceção.”

Questionado sobre quais seriam as “medidas de “exceção”, Agnelli foi taxativo: “Eu tenho conversado com o presidente Lula no sentido de flexibilizar um pouco as leis trabalhistas. Seria algo temporário, para ajudar a ganhar tempo enquanto essa fase difícil não passa”. Ele ainda completou: “O governo e os sindicatos precisam se convencer da necessidade de flexibilizar um pouco as leis trabalhistas: suspensão de contrato de trabalho, redução da jornada com redução de salário, coisas assim, em caráter temporário” .

São de enorme gravidade as declarações do presidente da Vale. Se adotadas, a medida não significaria apenas um golpe contra os direitos dos trabalhadores da Vale, o que já seria muito grave. Estaria aberta uma via para que outros patrões adotassem medidas semelhantes e atacassem os direitos dos trabalhadores de qualquer empresa.

E, o pior de tudo. Segundo Agnelli, tudo isso estaria sendo discutido e negociado com o próprio presidente Lula.

Qual é o conteúdo das conversas entre empresários e o presidente? Retomar os debates sobre a reforma trabalhista, que pretende enterrar direitos dos trabalhadores como férias e 13º salário?

O silêncio de Lula
O presidente deveria vir a público esclarecer se há um plano do governo para flexibilizar os direitos. Não é possível que Agnelli faça uma declaração desse tipo, sem que o presidente sequer faça um pronunciamento. Não se trata de um empresário qualquer, mas o mais importante do país, a frente da empresa responsável pela maior parte do saldo das exportações brasileiras.

Ao silenciar sobre o episódio, o governo apenas confirma os alertas feitos anteriormente, de que as reformas sindicais e trabalhistas estariam em seus planos.

Os trabalhadores e suas organizações devem preparar-se para grandes batalhas. Os patrões e o governo tentarão jogar a conta da crise sobre as nossas costas. Segundo pesquisa divulgada pelo jornal Folha de S. Paulo, 42% dos empresários cogitam demitir no próximo período, como forma de cortar custos.

Saídas como essa, de redução de salário e direitos, nada mais são do que chantagens. Propõe-se a destruição de direitos históricos, o rebaixamento dos salários para uma suposta “preservação” dos postos de trabalho. Mas o que são mantidos são os lucros de grandes multinacionais, como a Vale.

Tampouco é possível se deixar iludir pelo caráter “temporário” proposto por Agnelli, como farão muitos sindicatos governistas. O temporário certamente se transformará em “eterno”. Os patrões sempre encontrarão motivos para reclamar de seus lucros.

quinta-feira, 11 de dezembro de 2008

EXEMPLO DE LUTA CONTRA A CRISE

Após cinco dias, operários continuam ocupando fábrica norte-americana em defesa de seus direitos

No dia 2 de dezembro, os patrões da Republic Windows and Doors, fábrica de portas e janelas de Chicago, avisaram seu funcionários que a empresa fecharia em três dias. As férias e as indenizações não seriam pagas. Na sexta-feira, 5, dia em que a fábrica deveria encerrar suas atividades, ao acabar o turno de trabalho, os operários resolveram permanecer na empresa.

“Decidimos fazer isto porque o dinheiro é nosso”, disse Maria Roman, funcionária da fábrica há oito anos, ao jornal Socialist Worker. “Estes são os nossos direitos”, completou.

Os trabalhadores suspeitam, ainda, que os patrões querem fechar a planta de Chicago e reabrir a fábrica em outro local. Eles dizem que já faltam materiais, não correspondendo aos registros de estoques. Alguns denunciaram que os gerentes retiraram equipamentos de escritório e máquinas da fábrica.

De acordo com a agência Associated Press, o Bank of America concordou na tarde de terça-feira, 9, em reunião de negociação com os patrões e o sindicato, em emprestar à RWD o dinheiro necessário para pagar os direitos dos trabalhadores. Porém o United Electrical, Radio and Machine Workers of America (UE), sindicato que representa a categoria, diz que nada de concreto foi proposto. As negociações continuam nesta quarta-feira e qualquer proposta deverá ser antes votada pelos operários.

A RWD alega que não tem condições de seguir funcionando, pois o Bank of America cancelou o crédito que até então oferecia para a empresa.

Do primeiro pacote aprovado pelo governo norte-americano para as financeiras e bancos, de US$ 700 bilhões, o Bank of America recebeu US$ 25 bilhões. A instituição utilizou este dinheiro para abonar seus executivos, comprar outros bancos e pagar dividendos.

“Achei que seríamos todos presos”
Nestes dias em que já dura a ocupação, os trabalhadores fizeram manifestações que contam com a solidariedade vinda de diversas categorias. Pelo site do UE, chegam centenas de mensagens. Vídeos são postados no YouTube. No sábado, um ato atraiu outros sindicatos e organizações de imigrantes. Esses representam cerca de 80% da mão-de-obra da RWD.

“Hoje, nós estamos unidos, nós somos a América”, disse Armando Robles, presidente regional do EU. O sindicalista é latino, como a maioria de seus companheiros.

“Isto é uma mensagem para a América”, diz o trabalhador Vicente Rangel. “Se nos mantivermos unidos, vamos conseguir que seja feita justiça e vamos receber o que nos devem”.

A tática de ocupação praticamente não era usada desde a década de 1930 nos EUA, período da Grande Depressão. A ação dos operários de Chicago foi parar nas páginas dos grandes jornais e nas telas das grandes emissoras de TV. Alguns jornalistas chegam a classificar a ocupação como um símbolo de luta contra a crise. Uma surpresa para muitos dos trabalhadores, que, como um admitiu, imaginavam que “seríamos todos presos”.

terça-feira, 9 de dezembro de 2008

UM PROGRAMA PARA A CRISE ECONÔMICA

• O governo Lula semeia ilusões quando afirma que a crise não vai atingir o Brasil. Tanto o governo quanto os principais candidatos dessas eleições mentem quando prometem mundos e fundos sem mexer na política econômica. É um verdadeiro estelionato eleitoral.
A verdade é que, mantendo a atual política, a crise vai pegar em cheio os trabalhadores. Precisamos, desde já, impor um programa para impedir que, mais uma vez, a grande maioria da população arque com os efeitos de uma crise econômica.
É necessário estatizar o sistema financeiro e colocá-lo a serviço da população. Ou seja, impedir a fuga de capitais especulativos e as remessas de lucros ao exterior, que representam um verdadeiro roubo das riquezas produzidas pelos trabalhadores no país.
É preciso uma reforma agrária radical que entregue as terras aos camponeses e exproprie as grandes empresas do agronegócio. Da mesma forma, é preciso parar já de pagar a dívida pública, investindo em saúde, educação etc. O não-pagamento dessa dívida pode financiar um plano de obras públicas que enfrente o déficit habitacional, com a construção de casas populares, e acabe com o desemprego.
Para combater a inflação, é necessário aumentar os salários, congelar os preços e impor um gatilho salarial, ou seja, o aumento automático dos salários de acordo com a inflação.

GREVE NO RIO DE JANEIRO

• No dia 4 de dezembro, professores e funcionários da rede municipal de Mesquita, região metropolitana do Rio de Janeiro, ocuparam a sede da Prefeitura. A ocupação vitoriosa teve como objetivo pressionar o prefeito a retomar as negociações e, com isso, fazer avançar as reivindicações da categoria.

A rede municipal de Mesquita, assim como a educação pública no país, apresenta inúmeros problemas, como terceirizações, baixos salários, salas superlotadas, falta de material, rede física sem manutenção, déficit de funcionários etc. Isso é resultado da política de sucateamento da prefeitura petista. A ameaça do não-pagamento do Fundeb levou a categoria a deliberar pela paralisação de suas atividades e a radicalização do movimento.

A ameaça da prefeitura é a prova de que a crise econômica vai atingir a todos os trabalhadores, inclusive aos servidores públicos. “Com a crise do capitalismo as condições de trabalho da categoria vão piorar, pois os governos já anunciam cortes nos seus orçamentos. Na verdade, os cortes têm como intuito garantir recursos para banqueiros e empresários. Porém esta mobilização é a demonstração que os trabalhadores em educação de Mesquita não aceitarão pagar pela crise”, afirmou Anderson Rocha, professor .

Do excelente blog Alternativa Sintepe

DEZ PERGUNTAS PROVOCANTES
por José Ricardo de Souza*

1. Afinal, qual é a média para a aprovação na rede pública ? (A instrução normativa 04/2008 diz que é 6,0 – seis – mas o Informativo da SEDUC de agosto diz que é 5,0 – cinco)

2. Por falar em Informativo, quanto custa para os cofres públicos a produção e o envio mensal desses folhetos que mais parecem propaganda política de Danilo Cabral e Eduardo Campos ? (papel couche de qualidade, diagramação impecável, tudo bem bonitinho para enganar os mais incautos)

3. Por que a SEDUC não faz concurso exclusivo para docentes de Filosofia e Sociologia ? (O governo do Estado da Paraíba já deu o exemplo e anunciou esse concurso esta semana)

4. Quem é que de fato vai ser o grande beneficiado com os computadores portáteis ? Os professores ou o lobby que o governo está armando para que o professor só possa adquirir o computador diretamente do site da SEDUC ?

5. Por falar em computador, por que em todos os laboratórios de informática da rede estudual só tem computador com LINUX ? (se a maioria dos softwares educativos rodam em Windows ?)
6. Em 2009 vai ter ou não eleição direta para gestor escolar ?

7. Quando o Governo de Pernambuco vai de fato pagar o piso nacional para professor ? (por enquanto só tem enrolação)

8. Por que não matricular os novos alunos também diretamente na escola de preferência deles em vez de ter que fazer pré-matrícula pela Internet ? (sabendo-se que a maioria da população brasileira não tem acesso à internet)

9. Quais serão os critérios para o pagamento do Bônus de Desempenho Educacional (BDE) ? (Aprovação em massa, massificada, massificante, será um deles ? Se for vai ter muito professor trocando 1,2,3 por 6,7,8 no Diário de Classe...)



10. Como é que uma classe de educadores, pessoas formadoras de opinião, com curso superior, enfim supostamente preparadas para o exercício da política, reelegem uma diretoria de sindicato que é atrelada ao poder patronal, que tem sido omissa em relação aos problemas da categoria, que não luta, enfim que não representa os professores e educadores do Estado ?

* O autor é historiador, professor, escritor; membro da Academia de Letras e Artes da Cidade do Paulista

ESCUTEMOS UMA DAS MAIORES VOZES DA ESQUERDA MUNDIAL!

UMA ENTREVISTA COM NOAM CHOMSKY

Como o sr. planeja celebrar seu aniversário?
Como um dia normal.

Há 50 anos, quando o sr. tinha 30, esperava ver um dia um negro na Presidência dos Estados Unidos?
Não. Até há bem pouco tempo nem esperava que os dois candidatos finalistas do Partido Democrata seriam uma mulher e um afro-americano. O fato de isso ter acontecido é um tributo ao ativismo dos anos 60 e suas conseqüências, que tiveram um efeito civilizador no país. A opinião da elite européia não está inteiramente errada quando observa com espanto que ''só nos Estados Unidos um milagre como esse poderia acontecer''.
Pelos padrões ocidentais, a eleição de um afro-americano 150 anos após a abolição da escravidão é realmente um evento histórico, diferentemente de na Europa, que é provavelmente mais racista que aqui. As democracias sul-americanas oferecem conquistas muito mais importantes, na Bolívia e no Brasil, por exemplo. E isso vale para o resto do Sul. Mas o racismo ocidental evita o reconhecimento, mesmo a constatação, de fatos como esses.

O sr. acha que Barack Obama está fadado a decepcionar parte das pessoas que votaram nele — e parte da opinião pública mundial —, dadas as impossivelmente altas expectativas a seu respeito?
Aqueles que escolheram se iludir sem dúvida vão ficar desapontados. Mas não se pode culpar Obama por isso. Afastada sua ''retórica altiva'', que parece ter impressionado tanta gente, ele nunca se apresentou como outra coisa além de um democrata familiar de centro, mais ou menos no molde de Bill Clinton (presidente de 1993 a 2001).
A natureza da eleição é muito bem compreendida pelos chefes dos partidos. Para ilustrar, a cabeleireira de Sarah Palin recebeu o dobro do salário do conselheiro de política externa de John McCain — e ela foi decerto duas vezes mais importante para a campanha.
A indústria de relações públicas, que apregoa abertamente vender os candidatos da mesma maneira que vende mercadorias, deu seu prêmio anual na categoria ''melhor marketing'' à venda da ''marca Obama''. A mídia de todas as tendências o elogia por organizar um ''exército'' que não contribui nada para as políticas do seu futuro governo, só espera instruções de como apoiar sua agenda, seja ela qual for.
Esse modelo é, muito claramente, não-democrático, mas um tipo de ditadura por escolha, uma construção política na qual o público — ''observadores intrusos e ignorantes'' — são ''espectadores da ação'', não ''participantes'', conforme o defendido por teóricos progressistas da democracia (nesse caso, o analista político Walter Lippmann, 1889-1974).



Qual sua opinião sobre as primeiras indicações do gabinete obamista, gente como Hillary Clinton no Estado, Robert Gates permanecendo na Defesa, Timothy Geithner no Tesouro? Era esse tipo de mudança que o sr. esperava?
Eu não esperava muito, mas fiquei surpreso que as escolhas de Obama causassem tamanho desdém em seus eleitores. Suas seleções estão tão inclinadas para a ''não-mudança'' e a ''não-esperança'' que Obama se sentiu obrigado a convocar uma entrevista coletiva, onde ele explicou que o seu governo será baseado na experiência e na visão: seu gabinete entrará com a experiência, ele dará a visão. Isso deve confortar os incréus.



Fonte: Folha de S.Paulo (7.12.2008)

VEJA, que porcaria!

A revista insiste em não ver

Por Gabriel Perissé em 2/12/2008


A revista Veja insiste em não ver os professores com bons olhos. Com freqüência, publica matérias e entrevistas com o propósito de criar e enfatizar imagens negativas do professor, especialmente o do ensino público.

Nas páginas amarelas da edição nº 2088, a ex-secretária de política educacional do MEC dos tempos de FHC, Eunice Durham, afirma que os professores recém-saídos dos cursos de pedagogia não conseguem executar tarefas básicas e, pior, não admitem que "o ensino no Brasil é tão ruim, em parte porque eles próprios não estão preparados para desempenhar a função".

Ora, se eles não estão preparados, mas se são eles os profissionais que vêm reforçar os quadros existentes, o que sugere a professora Eunice? Boa parte desses professores formou-se nas faculdades particulares que surgiram nos últimos 20 anos, insufladas pela política contra a qual, diga-se de passagem, ela mesma se indispôs. Palavras dela, em 2001: "O aumento desenfreado de instituições particulares, guiadas pelo mercado e com fins lucrativos, ameaça a credibilidade do ensino no país" (Veja, nº 1713).

Muitas faculdades de pedagogia que a professora Eunice propõe serem "repensadas do zero" sobreviveram incólumes apesar das avaliações negativas do MEC ao longo das duas décadas. E são exatamente as que atraem estudantes menos escolarizados. Esses estudantes, em geral, não conseguem ingressar nas, em menor número, faculdades públicas, e não podem pagar as mensalidades cobradas por instituições privadas de medicina, engenharia, odontologia, economia, se é que desejariam freqüentá-las... São pessoas que não almejam as "melhores" vagas do mercado de trabalho, mas a função (mal remunerada) da docência. E não esqueçamos o idealismo, um tanto ingênuo, mas genuíno, na composição do perfil desse futuro professor.

Desafios de aprender

Se todos os professores tivessem salários melhores e melhores condições de trabalho, além do idealismo haveria aí um atrativo concreto. Novos candidatos, mais bem preparados, se sentiriam interessados pela carreira docente. Que estranha cegueira levará uma antropóloga com tantos anos de pesquisa e reflexão a pensar que aumentos de salário e outras históricas reivindicações dos sindicatos são apenas obsessões de corporativistas, e não questão de justiça, necessidade real para valorizar a arte de ensinar, e mesmo uma forma de exigir, em contrapartida, mais compromisso dos professores? Estará o curso de antropologia social da USP precisando também ser repensado do zero?

Que contraste (e que alívio!) ler o artigo "Como interpretar o vandalismo nas escolas?", da pedagoga Dagmar Zibas, publicado na Folha de S.Paulo (26/11/2008) e reproduzido pelo site Todos pela Educação. A autora do texto reconhece com serenidade que as reivindicações dos professores fazem parte da solução:

"Entre nós, as soluções para o fracasso do sistema público são conhecidas e se traduzem em antigas reivindicações dos educadores: adequada formação inicial e continuada dos docentes, valorização do magistério, com melhores salários e correspondente responsabilização pelo trabalho realizado, dedicação de tempo integral dos professores a um só estabelecimento, maior permanência diária dos alunos na Escola, recursos didáticos ricos e variados (laboratórios, internet, biblioteca, equipamentos esportivos, dispositivos multimídia)."

E que outro contraste (mas agora decepcionante), ao ler, de novo na Veja (nº 2089), o jovem economista Gustavo Ioschpe, já devidamente formato pela pedagogia vejiana (ver "O professorado e a `baboseira ideológica´"). Pois volta ele a retratar os professores da pior maneira possível: não estão preocupados com o aprendizado dos alunos, dão "aulas chatas", dedicam-se mais à pregação ideológica do que ao ensino, recusam-se a fazer auto-análise...

Não caiamos no erro oposto, generalizando em sentido contrário, como se os professores fossem anjos perfeitos. É sinal de honestidade intelectual admitir que há professores relapsos e irresponsáveis. Mas são a minoria, felizmente.

Nesta matéria – "Violência escolar: quem é a vítima?" –, também afirma Ioschpe que a mídia exagera, que as escolas não estão em situação tão difícil assim com relação à violência, e que "a maior vítima de agressão no nosso sistema escolar é o aluno". Uma agressão "intelectual". O articulista refere-se, logicamente, aos professores. Estes são os grandes agressores, em sua visão.

E tenta justificar o que diz, mencionando um "estudo recente da Unesco chamado `Repensando a escola´". É desse alentado estudo que vai pinçar alguns dados em busca de credibilidade e "apoio científico". Trata-se de um livro de 331 páginas, cujo título completo é "Repensando a escola: um estudo sobre os desafios de aprender, ler e escrever" e cuja coordenação coube a Vera Esther Ireland (da UFPB), orientada metodologicamente por Bernard Charlot. Logo no início, há um esclarecimento importante: o estudo não está vinculado apenas à Unesco. Sendo mais precisos, a publicação é uma parceria da Unesco no Brasil e o Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais (INEP-MEC).

Problema complexo

Vale a pena ler esse estudo. Acabaremos por descobrir passagens que Gustavo Ioschpe preferiu omitir (até porque dispunha de apenas duas páginas), para não atrapalhar sua argumentação. Diz Ioschpe que os professores querem culpar as famílias pelo mau desempenho dos alunos. O estudo, porém, oferece algumas considerações muito pertinentes a respeito:

Nas entrevistas, professores costumam queixar-se de que ou as famílias não cooperam com as atividades escolares de seus filhos, ou não têm condições de ajudá-los apropriadamente. Não é difícil entender que aí está uma fonte profunda de dificuldades: proporções majoritárias das gerações brasileiras anteriores receberam pouca ou nenhuma escolaridade, e de qualidade precária. Nos grupos focais com os progenitores, isto transparece de modo muito evidente. Têm dificuldade de ajudar; com freqüência nem de tempo dispõem, quando voltam, cansados, do trabalho. Tampouco os domicílios oferecem condições de tranqüilidade para tanto: muita gente convivendo, ruídos, TV ligada em alto volume, outras crianças brincando ruidosamente pela casa. E as escolas não têm espaço ou meios para proporcionar algo que possa suprir essa falta de suporte domiciliar e familiar — ou não há escolas de tempo integral, ou as poucas existentes no local se mostram insuficientes ou pouco eficientes." (pág. 220)

Ou seja, o próprio estudo mencionado pelo articulista traz informações que corroboram a complexidade do problema. E a revista Veja, vamos e venhamos, não tem condições de abordar esta complexidade com a necessária competência.


(do site observatorio da imprensa www.observatoriodaimprensa.com.br)

segunda-feira, 8 de dezembro de 2008

AS ARBITRARIEDADES DO GOVERNO!

Parece que as insanidades cometidas pela SEDUC/PE são infindáveis. Semana passada o que se ouviu nas escolas da rede causou indignação e desestímulo aos trabalhadores em educação. A "nova onda" propagada por esta secretaria e divulgada nas escolas através das direções, em tons terroristas é que, o professor precisaria, até o final do ano fazer reposição das faltas mesmo, as decorrentes de atestados médicos, licenças, etc. A confusão foi geral e, as(os) benditas(os) diretoras(es) de escolas apressaram-se pra fazer o calendário de reposição (aulas aos sábados) sem sequer levar a discussão para as escolas. Vejam companheiros a que ponto chegamos, as arbitrariedades praticadas ao longo do ano pela Secretaria de Educação, são um verdadeiro atestado da visão empresarial na educação, um ataque à categoria.
Há empresas que premiam funcionários que não apresentam faltas durante o ano, alguns vão ao trabalho mesmo doentes.
Vetaram-se as reuniões no âmbito das escolas, o horário do recreio agora é utilizado como espaço de informes, os técnicos educacionais fiscalizam livros de ponto (faltas) e cadernetas, em nada contribuem para melhorar as práticas pedagógicas e os péssimos índices educacionais do Estado. Um desrespeito total ao nosso trabalho uma vez que, obrigam-nos a avaliar alunos às carreiras para que estes ( os técnicos), cumpram prazos de entrega de relatórios feitos diariamente e enviados à SEDUC.
Incapacitada de seguir as manobras técnicas da Seduc, e recusando-me a seguir calendários absurdos, virei alvo de advertências. Com apenas duas aulas semanais ou seja, dezesseis (16), em um bimestre, tenho que TRABALHAR conteúdo, AVALIAR, REENSINAR e REAVALIAR. Humanamente impossível, exceto na cabeça de certas antas ( perdôem-me as antas) que desconhecem a realidade de uma sala de aula.
Mas, o que diz o "nosso" sindicato sobre a questão da reposição das faltas?
Em notinha semanal o SINTEPE afirma que está atento para evitar "equívocos" dessa natureza...
Porém, como estamos acostumados a peder direitos e ver a inércia do Sintepe, esperemos a velha combinação do 'nada com coisa alguma'.
Ah! a nova/velha direção do Sintepe toma posse em 12 de dezembro.

Albênia (professora de geografia- GRE METRO SUL)

sábado, 6 de dezembro de 2008

DIREÇÃO DO SINTEPE:ATITUDE VERGONHOSA

O site do SINTEPE está muito bonito.
Mais funcional e dinâmico!
O conteúdo..ah, o conteúdo...
Postaram a notícia da contratação dos professores temporários tal como estava no Jornal do Commercio.
Nenhuma crítica!
Nenhuma luta!
Esperar luta da direção do SINTEPE?
A direção que bajula Eduardo?
A direção cuja deputada votou a favor das fundações de direito privado?
Mais fácil Papai Noel existir!

Mais uma de DUDU-PT

O governo vai contratar mais de três mil professores.
Vai contratar em uma "seleção pública".
Professores que não gozam de estabilidade no emprego
nem de direito ao SASSEPE.
Professores que são pressionados nas greves a furarem as mesmas.
Professores que vão ganhar muito pouco e trabalhar nos programas de "aceleração de aprendizagem do governo"
(não há aceleração da aprendizagem, o que há e aceleração da conclusão do curso pois no Travessia, que é um destes programas, um professor de história tem que dar aulas de português,inglês e geografia. Um professor de Biologia vai ministrar aulas de física,química e matemática).
Tudo isso mostra a cara de Eduardo Campos(o destruidor da educação).
Queremos concurso público para estatutários!
Chega de temporários!

quarta-feira, 3 de dezembro de 2008

LULA-EDUARDO E SUAS ANDANÇAS PELO RECIFE!

Muito se falou da visita de LULA a Pernambuco.
Nosso presidente adora vir ao nosso estado, aqui ele tem um fiel aliado (Eduardo Campos)um bajulador de primeira, que até faz parque para celebrar sua genitora (JOÃO PAULO) e uma imprensa dócil e submissa (graças aos milhões de publicidade).
Esta imprensa dócil alardeou aos quatro cantos que "haveria uma bolsa de 100 reais para jovens de Santo Amaro" e que algumas mães ganhariam pouco menos de 200 reais em um tal de PRONASCI (mais um programa pra enrolar as pessoas).
Mas a imprensa "esqueceu" que nesta mesma viagem LULA prometeu que vai enviar uma MP ao congresso para beneficiar usineiros e plantadores de cana (Como Beto da Usina e Armando Monteiro que escravizam seus trabalhadores). MP essa que vai doar a esses senhores a bagatela de 90 milhões de reais!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!
Bem mais do que para os jovens de Santo Amaro...

A FARSA DA CUT E CTB (QUE DIRIGEM O SINTEPE)

Sobre luta de classes e encenação: por que a Conlutas não participará da “marcha” de 3 de dezembro

Zé Maria
integrante da Coordenação Nacional de Lutas (Conlutas)


Dias atrás, a CUT e suas parceiras (CTB, Força Sindical e outras) alardeavam a importância do Encontro das Centrais e Movimentos Sociais com o presidente Lula. O objetivo seria discutir a crise econômica e entregar ao governo as propostas dos trabalhadores para enfrentar a crise. Tal Encontro aconteceu no Palácio do Planalto, dia 26 de novembro, sem a presença de Lula, que foi visitar as regiões atingidas pelas chuvas em Santa Catarina. No dia seguinte, a imprensa noticiava que este Encontro serviu, de fato, para o lançamento da candidatura de Dilma Roussef à presidência da república com apoio dos movimentos sociais (ver Folha de São Paulo de 27/11). Alem destas centrais, estavam neste encontro vários movimentos sociais, entre eles, lamentavelmente, o MST.

Vale registrar ainda que, como não pode comparecer, Lula marcou um jantar no mesmo dia 26 com as direções destas centrais sindicais e pediu a eles empenho para ajudar o governo a resolver o imbróglio do Fator Previdenciário. Frente ao constrangimento que está causando ao governo o esforço de sua base no Congresso Nacional para inviabilizar a aprovação do projeto do senador Paulo Paim, que prevê o fim do famigerado Fator Previdenciário, o governo estaria disposto a aceitar o fim do Fator se, em troca, for estabelecida a idade mínima para a aposentadoria. Assim a resultante seria a mesma, ou seja, o governo gastaria menos com aposentadoria para gastar mais com ajuda a banqueiros e grandes empresas.

Pois bem, estas centrais aceitaram ajudar o governo, e há uma reunião marcada nesta quinta feira, dia 4/12, com o Ministro da Previdência para discutir estas alternativas. O próprio Ministro informa que as propostas do governo são basicamente as mesmas que constavam da proposta de reforma da previdência que o governo preparou em 2007 com a ajuda destas centrais. (Ver jornal Agora São Paulo de sábado, dia 29)

Neste dia 3 de dezembro acontece a “marcha à Brasília” organizada por estas mesmas centrais. Dizem que vão levar ao governo as propostas do movimento sindical frente à crise. Na verdade trata-se da mesma encenação de sempre. Uma simples análise das propostas que serão levadas ao governo, publicadas no jornal do Sindicato dos Metalúrgicos do ABC no dia 26/11 (ver site da entidade) pode demonstrar isso. Em primeiro lugar destaca-se nelas o silencio ante o escandaloso socorro para bancos e grandes empresas patrocinado com dinheiro público, pelo governo Lula. De acordo com jornal “O Globo”, de 18/11, a soma das medidas adotadas até agora pelo governo chega a mais de 370 bilhões de reais. Ao invés de denunciar este absurdo, estas centrais ainda apóiam a utilização de recursos do FGTS para socorrer os patrões.

Tampouco há qualquer proposta que ataque a raiz do problema: defender efetivamente o emprego e direitos dos trabalhadores que estão sob risco, conforme anuncia a generalização das férias coletivas neste momento. Nem há qualquer medida dirigida a fazer com que sejam os bancos e as grandes empresas que arquem com os custos da crise. Escandalosamente estas centrais negam-se a exigir do governo uma medida concreta garantindo a estabilidade no emprego. Limitam-se a defender a ratificação da convenção 158 da OIT, inócua neste momento, pois ela impede a demissão “imotivada”, sendo óbvio que as empresas alegarão - e a justiça brasileira aceitará tal alegação - que as demissões têm, na crise, um motivo justo. As propostas destas centrais prestam-se, de fato, à construção de um pacto social, envolvendo governo e patrões, para paralisar a luta e a resistência dos trabalhadores, permitindo ao governo e aos patrões levar a cabo os ataques contra seu nível de vida, transferindo para os trabalhadores o ônus desta crise.

Por esta razão a Conlutas não estará na “Marcha” à Brasília dia 3 de dezembro, como não estivemos no tal Encontro dos movimentos sociais com Lula, dia 26 de novembro. Não nos prestamos a participar deste tipo de encenação que só serve para ajudar a manter o prestígio do governo e enganar os trabalhadores.

A luta e a unidade necessária neste momento
Precisamos desencadear imediatamente a luta para impedir as demissões que já começaram a ocorrer em vários setores da indústria e que, a confirmarem-se as previsões, podem ganhar um salto sem precedentes já no início do próximo ano. Isso significa alertar os trabalhadores e preparar para a luta. A reação às demissões deve ser imediata e dura. Os trabalhadores devem parar e ocupar as empresas que demitirem em massa, exigindo a reintegração dos demitidos e providencias do governo para garantir o emprego. A mesma reação devemos ter ante qualquer ameaça de ataque aos nossos direitos, seja por parte das empresas (já há notícias de acordos com redução de salários assinados por sindicato dirigido pela Força sindical no Paraná), seja por parte do governo (vide os ataques que se preparam contra a nossa aposentadoria).

Devemos exigir do governo Lula uma MP que garanta a estabilidade no emprego de todos os trabalhadores. Se ele socorreu os banqueiros com uma Medida provisória, porque agora não pode socorrer os trabalhadores? Não devemos aceitar a chantagem e a choradeira dos grandes empresários. Se eles perderam alguns bilhões com a queda das bolsas, ainda mantêm-se donos de um enorme patrimônio. O trabalhador, ao contrário, se perde o emprego, perde tudo, a começar pela fonte de sustento de sua família, Devemos exigir do governo a estatização das empresas que demitirem em massa, sem indenização e com controle dos próprios trabalhadores, para garantir a preservação do emprego.

É preciso acabar com a farra dos banqueiros e das multinacionais, estatizando todo o sistema financeiro sem indenização e com controle dos trabalhadores; suspendendo as remessas de lucro para o estrangeiro e o pagamento das dívidas externa e interna, utilizando estes recursos para investimentos em um plano de obras públicas (construção de moradias populares, hospitais, escolas, obras de saneamento básico etc.) que gerem emprego e melhoria das condições de vida da população. É preciso reduzir a jornada de trabalho, sem redução salarial, para garantir emprego a todos; assegurar a manutenção dos direitos trabalhistas e sociais de todos os trabalhadores. Não aceitaremos reforma trabalhista ou previdência. Vamos intensificar a campanha pelo fim do Fator Previdenciário e contra a idade mínima para a aposentadoria.

Queremos sim, uma reunião com o presidente Lula, mas para efetivamente apresentar todas estas propostas e exigências dos trabalhadores; e para cobrar o fim do subsídio bilionário que o governo tem dado aos bancos e empresas, com dinheiro público.

E precisamos sim da unidade para enfrentar esta situação. Mas unidade dos trabalhadores, para a luta em defesa dos seus direitos e interesses, contra os patrões e o governo. Não precisamos de um pacto social com empresários e governo e sim de uma luta sem trégua contra eles, para defender o emprego e os direitos dos trabalhadores; para fazer com que os bancos e grandes empresas paguem o preço da crise.

E se a unidade para a luta é uma necessidade dos trabalhadores, a Conlutas vai continuar a defendê-la. Por isto reafirma seu chamado a CUT, a CTB, a Força Sindical, para que rompam com o governo e venham construir a unidade dos trabalhadores na luta em defesa do emprego e dos seus direitos que estão sob ataque neste momento. Esta é a unidade que a classe trabalhadora precisa, e a unidade que a Conlutas quer construir.


*Zé Maria é diretor da Federação Democrática dos Metalúrgicos de Minas Gerais e participa da Coordenação Nacional da Conlutas.

sexta-feira, 28 de novembro de 2008

VAMOS OUVIR UM POUCO DE SARAMAGO...

"Quem espera por uma história sombria vai ficar bem surpreso"

Ubiratan Brasil (O Estado de São Paulo)

Uma certa fragilidade ainda é aparente, resquício de uma grave enfermidade respiratória que quase o matou. Mas, aos 86 anos, o escritor português José Saramago, Prêmio Nobel de Literatura, enfrenta com rara lucidez e energia renovada seu novo tour pelo Brasil, promovendo agora o lançamento mundial de A Viagem do Elefante (Companhia das Letras, 264 páginas, R$ 42), livro em que narra a aventura verídica de um elefante que rumou, em 1531, de Lisboa a Viena, presente de um rei português. "Tive algo semelhante a três pneumonias, perdendo 20 quilos em pouco tempo", disse o autor de sucessos como Ensaio sobre a Cegueira, A Caverna e O Evangelho Segundo Jesus Cristo, em entrevista ao Estado, na segunda-feira (24/11), depois de homenageado por funcionários da editora.

O senhor gosta de dizer que A Viagem do Elefante é mais uma história que um romance. Por quê?

José Saramago – Na verdade, eu prefiro chamá-lo de conto. Não me preocupei com o número de páginas para defini-lo devidamente, mas, nesse livro, não há nenhum ingrediente que se costuma encontrar em um romance, como um conflito complicado ou um problema de família. A própria forma de narrar é a de contar algo, daí eu tê-lo chamado de conto, como apropriadamente consta na edição brasileira. Em Portugal, porém, isso não foi aceito e lá chamam de romance. Como não quis entrar em uma discussão sem sentido, não argumentei, mas preferia que o tratassem então de "livro" e não romance.

O enredo é inspirado em fatos históricos, mas a possibilidade de poder criar personagens fictícios foi o que mais o atraiu?

J.S. – Sim, pois os fatos históricos preencheriam apenas duas ou três páginas, com todos os pormenores. Não mais que isso. Confesso que não esperava escrever um livro com mais de 250 páginas – acreditava chegar a, no máximo, 120. Mas, como tive de inventar situações, seu tamanho ficou maior. O que me agrada no trabalho final é o fato de o leitor ser conduzido pela linguagem e não apenas pelo enredo. Como autor, acredito que a escrita é ao mesmo tempo atual e referente ao momento em que se passa a história, século 16. Fiz, então, uma simbiose entre o português que falamos hoje e o que se escrevia naquela época. Acho que ficou bem resolvido, pois introduz uma dinâmica diferente: o leitor é constantemente surpreendido (como eu mesmo fiquei) com certas palavras e construções frásicas.

Como foi essa surpresa?

J.S. – Foi algo que não posso dizer que tenho explicação. Mas vou tentar explicar. À medida que envelhecemos, vamos acumulando aquilo que chamo de segmentos lingüísticos. Hoje, não falo como quando tinha 8 anos nem sequer quando estava com 30. Há uma espécie de camadas que vão se acumulando, do mais antigo ao mais recente. Tenho a impressão de que, durante a doença que me atacou e da qual tive a rara sorte de escapar com vida (ao menos um médico que me atendeu disse isso), camadas antigas voltaram à superfície. Ou seja, palavras que eu não mais usava ali estavam e figuram na história. Não apenas escrevi o livro, mas o livro também escreveu a mim. Não posso dizer que se trata de uma verdade científica, mas algo realmente diferente se passou pela minha cabeça.

O senhor acredita então que, se não tivesse enfrentado a enfermidade, o livro teria sido diferente?

J.S. – Possivelmente. Eu contaria a mesma história. No essencial, talvez não existiriam grandes diferenças. Mas, justamente o que não é essencial contribui (e muito) para que essa história se torne única.

Um leitor desavisado, que não soubesse o que lhe passou, não desconfiaria de sua doença, pois o livro é recheado de humor e ironia.

J.S. – De fato, o humor é o que aparece mais. E assim tinha de ser, pois não gosto de pôr a minha intimidade assim a claro. Quem espera por uma história sombria surpreende-se. Não tanto pelo humor, que está presente em minha obra, mas pela forte presença que nunca antes tinha acontecido. O livro começou a ser escrito em fevereiro de 2007 e, até maio, escrevi cerca de 40 páginas. Não avancei porque minha saúde piorou. Mas, como eu já estava determinado a um certo tipo de narrativa, não houve uma quebra no estilo. Tanto que, 24 horas depois de ter saído do hospital, corrigi aquelas 40 páginas e escrevi o que faltava. É como se houvesse outro eu a escrever por mim. Nesse período, aconteceram coisas muito estranhas. Como ter a visão de um fundo escuro com quatro pontos luminosos, que formavam um quadrilátero irregular. Para mim, aqueles quatro pontos eram eu. É um exemplo de como estava minha cabeça naquele momento e de como estava convicto em terminar o livro.

Suas opiniões sempre são muito apreciadas. Assim, o que se pode esperar do presidente americano Barack Obama.

J.S. – Em condições normais, seria apenas mais um presidente. Mas trata-se de um negro no comando. É uma revolução, porque invadiu o consciente e o inconsciente de um país que sempre enfrentou o racismo e a Ku Klux Klan.

E sobre a atual crise econômica?

J.S. – É o que me faz repetir que Marx nunca teve tanta razão como agora.

quinta-feira, 27 de novembro de 2008

NOSSA LUTA É INTERNACIONAL!

Cem mil professores cruzam os braços por reajuste no Líbano

Greve de 24 horas tem o apoio de estudantes e da população


(Sadek Amin, da redação do jornal Al Baian)

Cerca de cem mil professores das escolas públicas, privadas e da Universidade Libanesa fizeram uma greve de 24 horas, no dia 18 de novembro, no Líbano. A greve foi convocada pela coordenação sindical dos professores, após uma negativa de diálogo do governo. Explicando os motivos da greve, um dirigente dos professores declarou: “Já que mantivemos a porta aberta para o diálogo até este exato momento, mas, pelo fracasso político deste governo, ele não teve a capacidade para dialogar, então vamos protestar nas portas do parlamento e, vamos lutar pelas três reivindicações: aumento salarial de 5%, reajuste para o transporte de 2% e melhoria a qualidade dos planos de saúde para os professores.”

Durante a greve, houve um ato de protesto em frente à Câmara, para impedir que fosse votado um aumento de apenas 2% aos professores. Eles exigem 5%.

A greve contou com o apoio de milhares de estudantes e parou faculdades e institutos de todos os setores da Universidade libanesa, escolas públicas, secundárias, profissionais e técnicas oficiais, além do setor privado, da Associação de Antigos Alunos e Professores, de professores aposentados e do Instituto de Gestão e Estagiários e formação.

As autoridades não aceitaram a proposta dos professores, o que levou a coordenação sindical a marcar reunião para analisar outro dia de greve. A imprensa comenta que o momento no Líbano é propício a um novo tipo de lutas, pelo tamanho da greve e seu sucesso.

O movimento despertou apoio em parcela considerável da população. O seguinte diálogo, travado entre uma professora e um militar do exército, durante o protesto, demonstra isso.
A professora perguntou ao militar:
- “Te mandaram aqui para nos bater?”
O militar diz que não, e completa:
“E, se tivesse esta ordem, estaríamos aqui para protegê-los”.

Esta greve colocou em xeque o governo de Unidade Nacional, formado por um acordo entre os partidos tradicionais da direita libanesa pró-imperialista cristã e sunita com o Hezbollah e seus aliados, após uma intermediação de Síria e de outros países árabes. Esse acordo foi feito à custa das reivindicações populares, pois os mesmos que levaram a atual situação econômica e fazem de tudo para entregar o país ao controle do imperialismo, como Siniora e Saad Hariri, continuaram à frente dos principais postos com a mesma política econômica e externa.

A adesão de Hezbollah a esse governo, apresentada como vitória, significou aceitar que os responsáveis pelos massacres, que trataram de desarmar a resistência contra o sionismo, continuassem impunemente governando o país. O povo libanês apoiou estes partidos para a formação do Governo de Unidade Nacional, pensando que assim se garantiria a paz interna após anos de guerra civil e ataques de Israel. A ministra da Educação é Bahaa Hariri, tia de Saad Hariri.

Mas este governo que hoje demonstra sua verdadeira cara, não tem o que oferecer para este povo sofrido e lutador. Não fez nada para reverter a deterioração da situação econômica. No Líbano ainda faltam água potável e energia, apesar das doações dos países do golfo árabe, como recompensa por calar a boca depois da guerra de 2006. O governo Siniora fez desaparecer este dinheiro.

O Hezbollah, que tinha o respaldo de grande parte da população por encabeçar a luta contra Israel e derrotá-lo em 2006, entrou no governo, sacrificando os interesses da população. Agora, na greve, revelou a que leva esse tipo de capitulação. Os professores tinham pedido a intervenção do Hezbollah a seu favor no parlamento, mas a resposta de seus dirigentes foi de que o partido não poderia fazer nada. Ou seja, foi a mesma resposta dada pela ministra Hariri.

terça-feira, 25 de novembro de 2008

ELEIÇÕES DO SINTEPE TERÃO NOVOS NÚMEROS!

As urnas de Salgueiro (2) ,impugnadas pela comissão eleitoral na data da eleição, serão contadas e incorporadas ao resultado final das eleições.

As urnas da regional de Araripina terão seus votos recontados.

Os números divulgados pelo site do SINTEPE sobre as eleições estão equivocados e vão ser revistos.

Resoluções de uma reunião entre a comissão eleitoral e representantes das chapas concorrentes que ocorreu agora à tarde.

HOJE TEM REUNIÃO DA COMISSÃO ELEITORAL!

Você achava que a eleição tinha acabado?

Não!!!!!!!!!!!!!!!!

Dirigentes de Salgueiro e Araripina querem ainda mexer com ela.

Os de salgueiro querem que se contem os votos de urnas que vieram sem ata e com mais assinaturas que votos.

Os de Araripina defendem uma recontagem de votos já que a Chapa 1 (que concorria a regional do SINTEPE) perdeu por dois votos para sua oponente.

A reunião que decide isso tem início às 16h no SINTEPE.

O grupo de oposição estará lá!!!!!!!!!!!!!!! Defendendo eleições limpas!!!!!

UM LINDO DESABAFO!

No período da eleição (18 e 19 de nov.) conhecí escolas que deixaram-me horrorizada. Uma, em Camaragibe/Vale das Pedreiras funciona numa igreja inacabada, as paredes das salas de aulas são divididas por pedaços de madeirite, sem janelas, o calor no recinto do cubículo é insuportável, o corredor de tão estreito permite a passagem de uma única pessoa, o acesso às salas do térreo é feito pelo lado de fora. A secretaria improvisada, mal cabe uma cadeira e um birô que fica logo na entrada do prédio situado em área de dificílimo acesso.
Saí dali imaginando o nível de estresse dos professores(as) e demais funcionários. Como trabalhar com qualidade num ambiente daqueles? Porém, diante desse quadro degradador, ouvi queixa apenas de uma funcionária, o restante parece concordar com os desmandos da SEE/PE.
Ora, se o Governo resolve fazer reformas atropeladas no meio do ano, o procedimento correto seria arranjar um local dígno que garantisse o bem estar de professsores, alunos e demais funcionários. Porque aceitar tal situação? Ai está a questão, caso a clientela diga não, corre-se o risco de perder o recesso e até mesmo as férias de janeiro. É aquela velha história, se correr o bicho pega se ficar...
O problema exposto não é caso isolado, eu por exemplo, trabalho em uma, que parece uma estufa ( e já passou por reformas) a outra, é um galpão de uma fábrica remodelado em escola. Fui ao GP da rua do Hospício (o periférico, o outro, da Aurora é "Centro"), um desmatelo total.
Por que o Sintepe não faz um diagnóstico da situação das escolas da rede e denuncia na mídia como fez quando alardeou o PISO ?
Lembrei agora das palavras do presidente do Sintepe: " Precisamos ter cautela, o governo é aprovado pelo povo, e somos vistos com profissionais que não gostam de trabalhar".
Ganharemos computadores, bons ganchos de propaganda para o governo e pro Sintepe, enquanto permaneceremos vigiados, cobrados, ameaçados, explorados, assediados moralmente
dentro das nossas desconfortáveis unidades de trabalho.
Nós, que fazemos parte do grupo de Oposição, continuaremos, exergando, denunciando, desmascarando e apontando alternativas para melhorias da base da categoria. Não temos medo de enfrentamento com o governo. A eleição é fato passado, mas a LUTA, esta, é permanente.
Aproveitamos para agradecer sinceramente à todos que creditaram-nos o voto, isto é prova clara que desejam e acreditam na mudança. Não importa se somos minoria, importa que, não nos acovardamos, não somos omissos, não aceitamos a mera condição de paus mandados de Eduardo Campos.
(Maria Albênia)

domingo, 23 de novembro de 2008

A VERDADE SOBRE O DÉCIMO-QUARTO SALÁRIO

Muitos trabalhadores em educação estão com esperança de mais um salário nos seus falidos bolsos.
A imprensa e o governo não esclarecem a verdade dos fatos.A direção do SINTEPE...ah , a direção do SINTEPE...
A verdade é que não existe um décimo-quarto salário e sim um bônus que pode chegar até a um salário mínimo,independente de quanto o servidor receba.
Será que a imprensa não sabe disso?
E o governo esqueceu a verdade?
A direção do SINTEPE se finge de morta?
Mas nós esclarecemos!

UMA IMPRENSA COMPRADA PELO GOVERNO!

Neste último sábado, algum servidor público desavisado poderia dar pulos de alegria com as manchetes dos principais jornais do Recife.
Em todos eles se elogiava o pacote do governo no que diz respeito aos servidores públicos: os lap-tops, a reestruturação do plano de cargos e carreira e o famoso bônus para os professores eram tratados com uma euforia que contagiava!
Os jornais de Pernambuco recebem grandes somas de dinheiro através das propagandas publicadas pelo governo do estado em suas páginas. Esse "dinheiro oficial" é tão importante que a Folha de Pernambuco no início de 2007 aguardava ansiosamente que o governo do PSB concluísse a licitação da empresa de publicidade responsável pela propaganda institucional.A direção do desprezível periódico chegou a culpar a falta deste dinheiro para justificar o atraso de salários imposto aos seus funcionários.
Dependência financeira gera conivência política. Por isso é que todos os meses os jornais de PE anunciam a tabela de pagamento (já divulgada desde julho) como se fosse novidade... como se fosse um presente do governo o pagamento de salários!

sexta-feira, 21 de novembro de 2008

ENQUANTO ESTÁVAMOS NA APURAÇÃO...

Ontem, enquanto estávamos apurando os votos da eleição do SINTEPE em sua sede,no bairro da Boa Vista, o governo de João Paulo, em outroponto do Recife (Casa Forte), expulsava sem-teto de um terreno. A truculência foi grande e segundo o responsável pela ação "os desabrigados não terão direito a auxílio moradia nem a inscrição em programas de casas populares".
É o governo """"popular""" do PT/PC do B.
O mesmo PT/PC do B que dirigem o SINTEPE!

QUER SEU QUINQÜÊNIO DE VOLTA??????

o GRUPO DE OPOSIÇÃO- RESISTÊNCIA E LUTA CONVOCA TODOS OS PROFESSORES QUE NÃO SE CONFORMAM COM A PERDA DOS SEUS DIREITOS ADQUIRIDOS A INGRESSAREM EM UMA MAÇÃO COLETIVA NA JUSTIÇA!!!!

JÁ QUE O SINDICATO NÃO FAZ (Para não desagradar o seu aliado de olhos verdes) A OPOSIÇÃO FAZ!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!

LIGUE PARA ANA LINS: 34295491- 87468784 OU PARA DÁCIO CRUZ: 99944199

EM DIREITO ADQUIRIDO NÃO SE MEXE!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!

VITÓRIA!!!!!!!!!!!!!!!!!!

Ganhamos em várias urnas do Recife, interior e região metropolitana.

Chegamos a quase 30% dos votos.
Não tivemos apoio de deputados que votaram a favor das fundações.

Não nos juntamos com os vereadores das notas frias.

Não usamos a estrutura do SINTEPE ou dos núcleos regionais em nosso favor.

Fizemos festa no final da apuração, cantamos palavras de ordem enquanto " os de Eduardo" limitavam-se a bater em latas (que coisa horrível!!!!!) e gritar um bordão ridículo: "daqui não saio daqui ninguém me tira" como se o SINTEPE fosse propriedade deles...

O SINTEPE vai ser dirigido por nós!!!!

Estaremos em todos os atos!!!!

Em todas as assembléias!!!!!

E o aparato sindical???deixa com eles!!!

E deixem a luta conosco!!!!!!!!!!!!

PS: Obrigado aos mais de dois mil trabalhadores em educação que votaram na CHAPA 2



DUAS URNAS IMPUGNADAS!!!!

Houve urna em que havia mais de cinqüenta assinaturas na lista de votação sem que houvesse o respectivo número de votos na urna.
Uma das urnas de Salgueiro chegou sem nenhuma ata!!!!! só a urna e os votos!!!!
FORAM IMPUGNADAS!

quarta-feira, 19 de novembro de 2008

A HORA DA APURAÇÃO!

QUINTA

14H

SEDE DO SINTEPE

APURAÇÃO DA ELEIÇÃO


NÃO PERCA!!!!!!!!!!!!!!!!!!

NOTÍCIAS DA ELEIÇÃO !!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!

CAMARAGIBE

Teve escola em que o representante da chapa 1 quis fazer comício... subiu em um banco e discursou sob vaias e gritos dos professores! depois todos votaram maciçamente na CHAPA 2

BOM JARDIM

O pessoal da Regional Limoeiro do SINTEPE deu um show de truculência ao impedir que dezenas de professores votassem pela manhã de hoje em Bom Jardim, pois passaram menos de 5 minutos em cada escola (!) e não ouviram as advertências dos representantes da CHAPA 2 ... coisa de desesperados!

GERCINO DE PONTES (IMBIRIBEIRA)

O mesário da chapa 1 queria fechar a urna duas horas antes do tempo previsto (!!!) e foi prontamente impedido em nome do respeito ao regimento eleitoral do SINTEPE que reza que as urnas devem estar abertas até as 20h

CABO

No Cabo houve algum voto para a chapa de Eduardo Campos?

OLINDA

A fiscal da chapa 1 estava gritando na mesa apuradora,pegando na cédula no momento em que os professores iam votar, falando mentiras... depois de ter suas bobagens registradas em ata e ser ameaçada de destituição da função ficou caladinha,caladinha...

IGARASSU

Ana Lins (nossa candidata a secretaria geral) chegou na escola e foi recebida pelos professores: - Pra quê veio? não sabe que aqui todo mundo já vota contra Eduardo? Aqui todo mundo é 2!

SEDE DO SINTEPE- RECIFE

Chama atenção um grupo de aproximadamente 7 adolescentes com camisas da CHAPA DE EDUARDO. Passam o dia em frente ao sindicato conversando,comendo, batendo papo...ganha um doce quem descobrir a função dos mesmos!

CARUARU

A nossa mesária em uma das urnas ficou impressionada com a revolta dos professores contra a chapa de Eduardo.

HOJE, CONSIGA MAIS UM VOTO PARA A CHAPA 2!

Você é contra é a favor de um verdadeiro piso?
Você é contra o atrelamento do SINTEPE ao governo?
Você deseja um sindicato de luta?

ENTÃO CONSIGA MAIS UM VOTO PARA A CHAPA 2!
ELEIÇÃO ATÉ ÀS 20H DE HOJE!

A ESCOLA DE SERRA,DE LULA E DE EDUARDO...

(DO SITE OBSERVATÓRIO DA IMPRENSA)
O que W. tem a ensinar à imprensa
Postado por Luiz Weis em 17/11/2008 às 5:20:32 PM



Perdida no meio da matéria da Folha sobre o vandalismo numa escola pública da zona leste de São Paulo [“Alunos brigam, depredam escola e apanham da PM”, de 13/11], há uma referência ao aluno “W.”, de 14 anos, expulso há três semanas por agredir professores. “Como a dicção do menino é precária”, os repórteres pedem-lhe que escreva o nome em um papel. Ele diz que não dá: “Só sei copiar.”

W. talvez não seja um exemplo típico dos alunos daquela escola, ou do sistema de ensino fundamental do Estado. Mas, por tudo que se sabe do nível da educação básica no país, mesmo em São Paulo, não é de supôr que se trate de uma completa exceção à regra.

Nesse sentido, W. é uma pauta permanente: mais até do que uma explosão de violência numa escola – e a violência, ainda que em menor escala, faz parte do cotidiano escolar –, ele encarna uma realidade de que a imprensa só se ocupa quando saem os abrumadores resultados dos testes de aprendizagem na rede pública.

O caso dele é tão forte que é de imaginar que desvie a atenção do assunto propriamente dito da reportagem – pelo menos por um instante. Não é possível que o leitor não se pergunte que ensino é esse que produz alunos de 14 anos que só sabem escrever o nome, copiando.

Ora, se dirá, qual a novidade? A novidade, se essa é a palavra, está na perpetuação de uma falência, entra ano, sai ano. Parece que a escola brasileira é uma linha de montagem de “W.s” que nada nem ninguém consegue reverter – a tal ponto que isso deixou de ter interesse jornalístico.

Não se trata de cobrar da imprensa “a” matéria sobre a crise da educação. Trata-se de não deixar passar nenhuma oportunidade de se ocupar dela. Para não tirar da vista do público o descalabro de uma instituição “com marcas evidentes de obsolescência”, como escreveu domingo no caderno Aliás, do Estado, o sociólogo José de Souza Martins, no artigo “A escola do avesso”.

Pois se um quebra-quebra numa das escolas mais antigas de São Paulo é obviamente notícia, é também notícia, embora não obviamente, a julgar pela indiferença da mídia a respeito, essa rotina de fracasso da educação de massa no país – os comos e os porques de um sistema que põe no mundo jovens inaptos a escrever o próprio nome, sem copiar, ou pouco mais que isso.

De mais a mais, violência e fracasso escolar se realimentam. Uma coisa e outra expressam a “perda da legitimidade da escola como instituição auxiliar na socialização das novas gerações”, provocada pelo “histórico esvaziamento da autoridade do professor e a demissão da família como co-responsável pela educação”(Martins).

E a imprensa, não se terá demitido do papel de trabalhar com avaliações como essas, mas no plano dos fatos ao alcance de um bom repórter?

Em educação e em uma infinidade de outras áreas, o conceito pode ser um guia de primeira ordem para o jornalismo de apuração. Ou este pode pôr à prova o jornalismo de idéias.

Dito de outro modo, se o caso do menino W. é uma pauta pronta para descrever a escola brasileira, outra porta de entrada para o desastre da educação é, por exemplo, a interpretação sociológica de que “a escola se burocratizou, os salários afetaram a própria auto-estima dos professores, uma mentalidade proletária ocupou na vida do professor o lugar da idéia do ensino como missão civilizadora”.

O que se quer dizer, em suma, é que está faltando imaginação jornalística para manter a crise do ensino no noticiário. Olhando de fora, tem-se a impressão de que o assunto provoca nas redações mais enfado do que qualquer outra coisa.

Assim é, se lhes parece

De um engraxate a seu cliente, numa rua paulistana:

”…e ele vem ao Brasil!”

De um advogado a um familiar, num restaurante paulistano:

”…e ele vem ao Brasil!”

”Ele” é o presidente-eleito dos Estados Unidos, Barack Obama. O pessoal de imprensa do Planalto tinha avisado a imprensa, na véspera, de que, na primeira conversa por telefone entre eles, o presidente Lula, que estava em Roma, convidou o americano a vir ao Brasil e ele aceitou o convite.

Como os telejornais deram a notícia sem se preocupar em esclarecer que a aceitação do convite foi apenas protocolar – já imaginaram se o convidado respondesse “não, obrigado”, ou “quem sabe, vamos ver”? –, para o público é um fato consumado.

E em se tratando de Obama, a reação do público brasileiro – aqui representado pelos personagens dessas duas vinhetas absolutamente verídicas – é de puro regozijo.

Jornalistas raramente param para pensar no efeito para quem os ouve ou lê do modo como os fatos são contados. Deviam.

HOJE É DIA DE FESTA!

Hoje é festa!
Vá votar pela mudança
Vá votar na chapa 2!
Vamos tirar o SINTEPE da mãos de Eduardo Campos!

UM EXEMPLO DE LUTA LÁ DOS PAMPAS!

• Cerca de dez mil professores e funcionários de escolas do Rio Grande do Sul se reuniram em assembléia na tarde do dia 14 de novembro, no ginásio Gigantinho, em Porto Alegre, capital gaúcha. Os trabalhadores aprovaram por grande maioria a deflagração imediata da greve da categoria pela retirada do Projeto de Lei do Piso Salarial do governo de Yeda Crusius (PSDB) e em defesa de direitos, especialmente dos Planos de Carreira do Magistério e dos Funcionários de Escola, que sofrem duros ataques no projeto do governo estadual.

Na assembléia, quem fez a defesa da aprovação da greve foi Salete, representante da Conlutas. Ela argumentou que “para defender nosso plano de carreira, temos de sair daqui dizendo não!, não!, não! aos ataques à educação pública promovidos por este governo que não respeita os trabalhadores. Portanto, é greve e é agora”

Depois de aprovada a greve, a multidão de trabalhadores saiu em caminhada em direção ao Palácio Piratini, sede do governo do Estado. Nem o sol forte, nem a longa distância desanimaram a grande massa colorida, de muitas bandeiras, que tomou conta da Borges de Medeiros, uma das principais avenidas da cidade.

Os helicópteros da Brigada Militar que sobrevoavam baixo, trouxeram à tona a lembrança recente da truculenta e covarde repressão capitaneada pelo Coronel Mendes ao último grande ato público ocorrido em Porto Alegre, a Marcha dos Sem em 17 de outubro. Nem isso, porém, desmobilizou a categoria convicta de que só a luta garante a defesa de seus direitos.

Os helicópteros devem ter levado ao comando da brigada e ao governo do estado a informação do tamanho da mobilização desses bravos trabalhadores, porque o que se viu na chegada à Praça da Matriz foi um recuo do modelo de Mendes e um retorno à democracia: o povo tomou a praça e realizou seu justo e necessário ato.

Marcando a unidade entre as diversas entidades que participaram da organização da mobilização, representantes da Conlutas, Intersindical, CUT, CTB e da Coordenação dos Movimentos Sociais subiram ao carro de som para saudar o grande ato. “O dia 14 de novembro de 2008 vai ficar na História”, bradou o representante da CUT. A Intersindical parabenizou a categoria: “é de arrepiar o tamanho dessa mobilização”. A CTB e a CMS também saudaram o ato.

A Conlutas, que participou da construção da assembléia e da importante decisão tomada hoje pelos milhares de professores, registrou a importância da mobilização: “estamos marcando aqui o início de um grande movimento de resposta ao governo Yeda, um movimento que vai derrotar esse projeto de destruição dos serviços públicos”.

Também alguns representantes de partidos políticos manifestaram sua solidariedade à mobilização dos trabalhadores e funcionários de escolas. Estiveram presentes Vera Guasso, do PSTU, o senador Cristóvão Buarque, do PDT, Luciana Genro, do PSOL, Raul Pont, do PT, e dirigentes do PCB e do PCdoB.

Vera Guasso lembrou os 160 bilhões de reais recém entregues pelo governo Lula aos banqueiros e grandes empresários, cobrando o uso do dinheiro no salário dos trabalhadores, em saúde e em educação, e frisou: “essa é uma luta contra o capital, e é uma luta de todos os dias. Chega dos trabalhadores pagarem a conta. Pague a Yeda! Paguem os banqueiros e os grandes empresários!”

Entre outras medidas aprovadas na assembléia de hoje, estão a pressão sobre a Assembléia Legislativa para a derrubada do projeto do governo estadual e a busca por solidariedade à greve.

terça-feira, 18 de novembro de 2008

ELEIÇÃO NO CABO!!!!!

CABO
No cabo muitos professores foram às urnas.
Havia muitos professores que no peito mostraram sua preferência pela chapa 2

URNA NO COMPLEXO IEP

Muitos professores votaram no complexo IEP, uma das principais referências educacionais da cidade, e muitos votaram na chapa 2

RIO DOCE (SOUTO FILHO)

A urna fixa desta escola foi uma das que recebeu um maior número de votos (27) e podemos apostar...a maioria votou CONTRA A CHAPA DE EDUARDO!

NOTÍCIAS DA ELEIÇÃO

IPOJUCA

Camela.Porto de Galinhas, Cento da cidade, Gaibu (que já é Cabo)
Roteiro turístico?
O itinerário das urnas da urna 008
Muitos votos para a chapa 2!!!!

LIMOEIRO

Nesta cidade a comissão eleitoral se mostrou muito confusa ( para usar um eufemismo...): Não visitou escolas importantes dentro do roteiro, Mostrou intransigência com relação aos representantes da CHAPA 2 e mostrou uma total arrogância. Mas exigimos e conseguimos que fosse garantido o direito democrático de todos trabalhadores em educação conseguirem votar

ARARIPINA

Alguns trabalhadores em educação estavam tão revoltados que queriam votar na chapa 2 para o conselho fiscal

OLINDA

Só dá chapa 2... apesar de no Colégio Estadual de Olinda a chapa 1 ter colado seus cartazes sobre os nossos. Que vergonha... A resposta os professores estão dando na urna!!!

Dentro de instantes mais novidades!!!!!!!!!!!!!!!!!
VOTE CHAPA 2!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!

domingo, 16 de novembro de 2008

E-MAIL DA MUDANÇA!!!!

Nestas eleições, nos informe o que acontece no seu setor, no seu local de trabalho!

nosso correio eletrônico é: oposicaosintepe@ig.com.br

Esperamos sua mensagem!

sábado, 15 de novembro de 2008

CHAPA 1 USA O DINHEIRO DO SINTEPE!!!!!

A chapa 1 mostrou mais uma vez que não sabe o que é democracia e que usa o sindicato como se fosse sua propriedade.
Um professor filiado ao SINTEPE recebeu em sua casa a carta programa da chapa 1, até aí nenhum problema, só que, apesar do remetente assinar como "SINDSEP" o envio foi pago pelo SINTEPE,como comprova o carimbo dos correios.
Mostraremos as fotos que comprovam esse terrível procedimento e entraremos com um recurso na comissão eleitoral para a devida averiguação e punição dessa gravíssima conduta.

ONDE VOTAR PELA MUDANÇA!!!

Dias 18 e 19 teremos a oportunidade de mudar a cara do SINTEPE!
clique no endereço abaixo para saber onde votar:
historiablog.wordpress.com/2008/11/14/eleicoes-do-sintepe/

sexta-feira, 14 de novembro de 2008

NOTÍCIAS DA ELEIÇÃO

Visita do Sintepe
Visitada pelo Sintepe na escola que trabalho, questionei o presidente desta instituição, acerca do monitoramento ou mehor da vigilância exercida pela SEE sobre os trabalhadores em educação. Perguntei por que o Sintepe não utiliza a mídia para denunciar tal fato.
Para minha surpresa, ouvi ( eu e demais companheiros presentes na sala dos professores) do Sr. presidente que, deveríamos ter muita cautela nessa questão, pois" para a população somos vistos como profissionais que não gostam de trabalhar" dessa forma, divulgar na mídia as medidas do governo poderá ser algo perigoso, além disso, este, segundo as estatísticas tem aprovação do povo, uma vez que, a educaçao foi citado em pesquisa como um dos setores que mais recebe atenção do governo.
Pasmei!
Até porque quem ler o Boletim nº 02 abril/2008 do Sintepe, vai encontar na pauta de reivindicação (II Eixo Educacional, ítem 7) a seguinte expressão: RETIRADA DOS NOMES DOS PROFESSORES (as) E HORÁRIOS DE AULAS DIVULGADOS ATRAVÉS DA INTERNET.
O governo amplia o ataque aos trabalhadores em educação, além da vigilância "on line" contrata técnicos para atuar como fiscais dentro das unidades de ensino. E o sindicato que se dizia contrário à uma série de arbitrariedades praticadas pelo "pseudo socialista" Eduardo Campos, não atua no sentido de defender a classe dos trabalhadores.
Cadê a luta contra a proliferação das telessalas de Roberto Marinho? E os Centros de Referências (ou melhor, de exclusão) ? E o que dizer das Fundações de Direito Privado aprovada em Assembléia pelos Deputados(as) traídores (as), entre eles(as), Tereza Leitão, alardeada ( mesmo ausente) após debate do dia 11 de novembro pela tropa do Sintepe. E a questão do Sassepe? E o sucateamnete das escolas públicas? Visitei algumas, que nem merecem ser chamadas de escolas.
O Sintepe omite-se e transfere culpas e responsabilidades para a base, dizem que precisamos fortalecer os conselhos, envolver a comunidade nas escolas, levar as discussões para o local de trabalho, enfim, recomenda-nos o que, para nós é rotineiro, como se apenas tais medidas resolvessem o leque de problemas existentes na educação.
Assim companheiros, leiam, avaliem as propostas das duas chapas e tirem as devidas conclusões.
Ah! quanto ao jornalzinho do SINTEPE/CNTE/CUT, no qual aparece as duas chapas ( a da Situação e a Oposição) certamente o teremos em mãos após as eleições.

Albênia (Camaragibe- Professora de geografia)