No período da eleição (18 e 19 de nov.) conhecí escolas que deixaram-me horrorizada. Uma, em Camaragibe/Vale das Pedreiras funciona numa igreja inacabada, as paredes das salas de aulas são divididas por pedaços de madeirite, sem janelas, o calor no recinto do cubículo é insuportável, o corredor de tão estreito permite a passagem de uma única pessoa, o acesso às salas do térreo é feito pelo lado de fora. A secretaria improvisada, mal cabe uma cadeira e um birô que fica logo na entrada do prédio situado em área de dificílimo acesso.
Saí dali imaginando o nível de estresse dos professores(as) e demais funcionários. Como trabalhar com qualidade num ambiente daqueles? Porém, diante desse quadro degradador, ouvi queixa apenas de uma funcionária, o restante parece concordar com os desmandos da SEE/PE.
Ora, se o Governo resolve fazer reformas atropeladas no meio do ano, o procedimento correto seria arranjar um local dígno que garantisse o bem estar de professsores, alunos e demais funcionários. Porque aceitar tal situação? Ai está a questão, caso a clientela diga não, corre-se o risco de perder o recesso e até mesmo as férias de janeiro. É aquela velha história, se correr o bicho pega se ficar...
O problema exposto não é caso isolado, eu por exemplo, trabalho em uma, que parece uma estufa ( e já passou por reformas) a outra, é um galpão de uma fábrica remodelado em escola. Fui ao GP da rua do Hospício (o periférico, o outro, da Aurora é "Centro"), um desmatelo total.
Por que o Sintepe não faz um diagnóstico da situação das escolas da rede e denuncia na mídia como fez quando alardeou o PISO ?
Lembrei agora das palavras do presidente do Sintepe: " Precisamos ter cautela, o governo é aprovado pelo povo, e somos vistos com profissionais que não gostam de trabalhar".
Ganharemos computadores, bons ganchos de propaganda para o governo e pro Sintepe, enquanto permaneceremos vigiados, cobrados, ameaçados, explorados, assediados moralmente
dentro das nossas desconfortáveis unidades de trabalho.
Nós, que fazemos parte do grupo de Oposição, continuaremos, exergando, denunciando, desmascarando e apontando alternativas para melhorias da base da categoria. Não temos medo de enfrentamento com o governo. A eleição é fato passado, mas a LUTA, esta, é permanente.
Aproveitamos para agradecer sinceramente à todos que creditaram-nos o voto, isto é prova clara que desejam e acreditam na mudança. Não importa se somos minoria, importa que, não nos acovardamos, não somos omissos, não aceitamos a mera condição de paus mandados de Eduardo Campos.
(Maria Albênia)
terça-feira, 25 de novembro de 2008
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Um comentário:
Na Escola do Vale em Camaragibe trabalham duas professoras ligadas ao Sintepe, uma é representante setorial.
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